• Entrevista por:
  • Helena Garrido e Paula Nunes

Conhecer Ferraz da Costa: D. João II, o conde de Ficalho e os Beatles

Não acredita na sorte e a personalidade histórica que mais admira é Dom João II. O seu lema de vida vai buscá-lo ao Conde de Ficalho.

Tem sido uma das personalidade mais acutilantes nas criticas às políticas económicas em Portugal. “A inconsistência nos objetivos” é, sem surpresa, o que classifica como o pior de Portugal. Este é o retrato de Pedro Ferraz da Costa através do que gosta, dos livros à música.

O que é para si o melhor de Portugal é?

O clima.​

E o pior?

A inconsistência nos objetivos.

Qual é o país que para si é um modelo?

A Suíça.

E a personalidade histórica que mais admira?

D. João II.

Quem é a pessoa que mais o marcou profissionalmente?

O meu pai.

A sua melhor experiência profissional?

Tive muitas. Gostei de fazer coisas em diversas áreas, não há assim uma coisa que me venha imediatamente à cabeça.

O acontecimento mais inesperado da sua vida?

Ser Presidente da CIP com 34 anos.

O que gosta mais de fazer nos seus tempos livres?

Viajar e ler.

Qual a qualidade que mais aprecia numa pessoa?

A seriedade.

E o defeito?

A superficialidade.

O seu livro de sonho?

Não tenho assim nenhum livro de sonho, o “Civilization” de Niall Ferguson é indiscutivelmente um daqueles que gosto de reler, porque retrata maravilhosamente como é que o Ocidente está a perder o papel de liderança no mundo, que eu acho que foi bom, ao deixar que parte das suas características fundamentais desapareçam. Acho que consegue retratar isso de uma forma extraordinária.

O seu filme?

“A Ponte do Rio Kwai”.

E a sua música?

Os anos 60.

Mas alguma especifica dos anos 60?

O “Let it be” dos Beatles é com certeza.

A obra de arte que mais admira?

A “Guarda da Noite” de Rembrandt.

Há um incêndio na sua casa, está sozinho, o que é que salva?

Salvo algumas fotografias da família e um ou dois quadros de que gosto mais.

O Génio do Aladino oferece-lhe três desejos, quais são?

Não acredito em génios por isso não consigo responder. Não acredito em almoços grátis. O Pasteur é que disse: “Le hasard ne bénéficie que les esprits préparés”.

Mas tem sonhos, os desejos são um sonho, três sonhos que tinha, no fundo objetivos.

O meu principal objetivo, em termos sociais, é pôr as capacidades que eu tenho ao serviço da comunidade em que estou inserido. Acho que todos temos essa obrigação social.

O seu lema de vida é…?

“Sei andar sozinho e a pé”. É do Conde de Ficalho. Vale a pena ler o que Ramalho Ortigão escreveu sobre ele.

 

  • Helena Garrido
  • Paula Nunes
  • Fotojornalista

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