Tem um Nissan? Marca chama mais de 1.200 veículos à oficina por defeito no airbag

  • Lusa
  • 25 Setembro 2018

A Nissan Portugal está a recolher mais de um milhar de veículos fabricados entre 2004 e 2012. Os proprietários estão a ser contactados por carta registada.

O representante da marca Nissan, em Portugal, está a recolher mais de 1.200 veículos produzidos entre 2004 e 2012 que arriscam problemas nos airbags, informa a Direção-Geral do Consumidor (DGC).

A campanha de recolha refere-se a veículos de passageiros dos modelos Almera (N16), Navara (D22), Patrol (Y61), Terrano II (R20), Tino (V10) e X-Trail (T30), produzidos entre janeiro de 2004 e dezembro de 2012.

“Em caso de acidente, o airbag do passageiro poderá insuflar-se com uma pressão extrema e causar a rotura do corpo do insuflador e consequentemente libertar fragmentos metálicos para o habitáculo”, explica a DGC num aviso publicado na sua página de internet.

A Direção-Geral acrescenta que o representante da marca Nissan está a contactar através de carta, registada com aviso de receção, os proprietários de 1.228 veículos existentes no mercado nacional, para proceder “à substituição do insuflador do ‘airbag’ do passageiro, sem qualquer custo”.

No mesmo aviso, a DGC esclarece que aquele operador económico informou que a campanha de recolha está em curso desde outubro do ano passado.

Num outro alerta, publicado há cerca de duas semanas, em 13 de setembro, a DGC informa estar em curso, pelo mesmo motivo, uma outra campanha de recolha em Portugal de cerca de 40 veículos de passageiros da marca Mitsubishi, modelo i-MiEV.

Essa recolha, segundo informou à DGC o representante da marca Mitsubishi em Portugal, está em curso desde o primeiro quadrimestre deste ano e refere-se a veículos daquele modelo dos anos de 2010 – 2013, que arriscam também problemas nos ‘airbags’ laterais do passageiro, com as partículas metálicas do invólucro do insuflador a poderem soltar-se e provocar lesões ao ocupante.

“A DGC no desempenho das suas funções, enquanto Ponto de Contacto Nacional do Sistema RAPEX (Sistema Europeu de Alerta Rápido para produtos perigosos, não alimentares), transmitiu estas informações às autoridades nacionais de fiscalização do mercado e à Comissão Europeia”, afirma a Direção-Geral na sua página.

Em 2015, num anúncio em Tóquio, a Nissan Motor informou ter decidido, à semelhança de outros fabricantes automóveis japoneses, deixar de utilizar os ‘airbags’ da também nipónica Takata, cujos defeitos têm obrigado à chamada à revisão de milhões de veículos em todo o mundo.

A decisão surgiu depois de a Administração Nacional para a Segurança Rodoviária dos Estados Unidos (NHTSA) aplicar uma multa de 70 milhões de dólares (65 milhões de euros) à Takat, acusada de negligência à informação de falhas no encapsulado metálico que aloja o ‘airbag’, que se pode abrir com demasiada força e projetar fragmentos contra os ocupantes.

Este defeito acabou, na altura, por ser relacionado com a morte de, pelo menos, oito pessoas nos Estados Unidos e na Malásia.

A Nissan juntou-se assim a fabricantes como a Honda, Mazda ou Fuji Heavy (que produz a marca Subaru), que também anunciaram deixar de equipar os automóveis com insufladores da Takata.

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