Fed de Nova Iorque: Economia dos Estados Unidos está “tão boa quanto possível”

Para John Williams, a inflação em níveis estáveis e a baixa taxa de desemprego contribuíram para uma economia norte-americana "tão boa quanto o possível".

O presidente-executivo da Reserva Federal de Nova Iorque disse esta quinta-feira que a inflação em níveis estáveis e a baixa taxa de desemprego contribuíram para uma economia “tão boa quanto o possível”, adianta a Reuters (conteúdo em inglês). Estas declarações surgem depois de serem revelados os números dos empregos criados pelo setor privado nos Estados Unidos, que ficaram abaixo das previsões dos analistas.

Podemos continuar a ser relativamente pacientes e a permitir que a economia continue a crescer“, disse John Williams. “Não estamos a ver qualquer pressão inflacionista”, dado o lento crescimento dos salários, o que significa que há “espaço a percorrer” na recuperação atual.

Esta quinta-feira, o instituto norte-americano ADP divulgou os números dos empregos criados pelo setor privado nos Estados Unidos, adiantando que, em agosto, se fixou em 163 mil, um valor que ficou abaixo da previsão dos analistas, que apontavam para 188 mil. Ahu Yildirmaz, vice-presidente do instituto, disse que “apesar de ter havido uma pequena desaceleração no crescimento dos empregos, o mercado continua muito dinâmico”.

“As empresas de média dimensão continuam a ser o motor do crescimento, representando quase 70% de todos os empregos criados este mês, mantendo-se resilientes no atual clima económico”, sublinhou. Por sua vez, o economista-chefe da Moody’s Analytics, Mark Zandi, acrescentou que “as empresas estão atualmente a competir de forma agressiva para manter os trabalhadores e encontrar novos“.

China avisa Estados Unidos sobre novas tarifas

Mas o clima económico pode vir a sofrer uma degradação, caso haja uma escalada da guerra comercial que esta quinta feira conheceu um novo episódio. O Ministério chinês do Comércio deixou um aviso a Donald Trump: caso a Casa Branca implemente novas tarifas sobre produtos chineses, a China irá ser forçada a retaliar. As tensões em torno de uma possível guerra comercial continuar a sobrevoar todos os mercados, depois de os Estados Unidos terem ameaçado com novas tarifas sobre 200 mil milhões de dólares em bens chineses.

“Se os Estados Unidos, independentemente da oposição, adotarem novas tarifas, a China será forçada a implementar medidas de retaliação necessárias“, disse Gao Feng, porta-voz do ministério, durante uma entrevista, citado pela Reuters (conteúdo em inglês).

Estas novas tensões não vão tardar a afetar diretamente vários produtos de consumo, como móveis, produtos de iluminação, pneus, bicicletas e assentos de automóveis para bebés. Os dois países já se cobraram mutuamente 50 mil milhões de dólares em bens, abalando os mercados financeiros nos últimos meses, deixando os investidores preocupados.

Donald Trump exige que o Governo chinês melhore o acesso ao mercado e proteja a propriedade intelectual das empresas norte-americanas, e ainda que corte os subsídios industriais, para além de reduzir o défice comercial de 375 mil milhões de dólares. O Presidente norte-americano disse esta quarta-feira que os Estados Unidos ainda não estão prontos para chegar a um acordo sobre estas disputas, mas que as negociações continuarão.

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