Há mais 150 carros elétricos para partilhar em Lisboa. Custam 21 cêntimos por minuto

Emov arranca operações em Lisboa com o apoio do grupo PSA e da Eysa. Tem 150 carros elétricos que custam pouco mais de três euros por cada quinze minutos de utilização. Para usar, basta ter a app.

Alguns dos automóveis da Emov em exposição junto à Câmara Municipal de Lisboa, durante a manhã desta quarta-feira.Flávio Nunes/ECO

Há um novo operador no mercado da economia partilhada em Lisboa. Chama-se Emov e começou a funcionar esta quarta-feira, com 150 automóveis elétricos cujo aluguer custa 21 cêntimos por cada minuto de utilização. Dá uma média de 3,15 euros por cada quarto de hora de viagem. A empresa é espanhola, mas lança-se na capital portuguesa com o apoio do Grupo PSA e da Eysa. E os automóveis reservam-se, desbloqueiam-se e pagam-se diretamente numa aplicação móvel.

Não é de estranhar, por isso, que os modelos usados sejam os Citroën C-Zero, mais adaptados ao ambiente urbano e totalmente movidos a energia elétrica. É um projeto que se encontra alinhado, por um lado, com os ideias da economia da partilha e, por outro, com mais uma tentativa de solucionar parte dos desafios de mobilidade que se verificam na cidade de Lisboa. “Queremos ajudar a criar uma cidade mais inteligente e sustentável, dando aos habitantes um serviço de transporte mais eficiente e mais limpo”, disse Fernando Izquierdo, diretor-geral da Emov.

Os automóveis da Emov já estão disponíveis numa área que se estende do Mosteiro dos Jerónimos até Santa Engrácia e, mais a norte, até Telheiras. Abrange ainda a zona do Parque das Nações. Para usar, basta descarregar a aplicação, disponível para iOS e Android. É ainda preciso fazer um registo (use o código “lisboa20” para 20 minutos grátis), no qual são pedidas informações como o número de contribuinte, a morada e fotografias do cartão de cidadão e da carta de condução.

Medina: “Estamos muito empenhados em apoiar todos os operadores”

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, esteve presente na apresentação da Emov, que decorreu no edifício dos Paços do Concelho. Garantindo que a economia da partilha pode ser uma solução para os problemas de mobilidade que a capital enfrenta, o autarca garantiu o apoio a outras alternativas que se queiram instalar na cidade. “Estamos muito empenhados em apoiar todos os operadores que queiram entrar no mercado”, disse.

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.Flávio Nunes/ECO

Para o presidente, os automóveis partilhados oferecem aos lisboetas a hipótese de não terem “a necessidade de ter carro próprio estacionado”. No limite, é “menos tempo perdido em filas de trânsito” e, como os carros da Emov são elétricos, “menos impacto ambiental” com deslocações. E afirmou: “A partilha é verdadeiramente a chave para parte da solução do nosso desafio de mobilidade”.

Medina aproveitou ainda a ocasião para dar alguns números sobre o projeto Gira, a rede pública de bicicletas partilhadas que a Câmara Municipal está a promover. Admitiu que “Lisboa chegou tarde”, mas garantiu que “chegou bem”. São já 500 bicicletas espalhadas em docas fixas instaladas em sítios estratégicos. São também 2.700 viagens por dia, numa média de “cinco viagens por bicicleta”. O presidente disse ainda que “70% destas viagens” são em hora de ponta.

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