Rui Rio leva reformas estruturais a Marcelo

  • ECO e Lusa
  • 26 Fevereiro 2018

Rui Rio foi almoçar com Marcelo Rebelo de Sousa esta segunda-feira. Em cima da mesa estiveram as medidas "estruturais". Portuense sublinhou importância de Marcelo na aproximação do PSD ao PS.

Rui Rio foi visitar, esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa a Belém. À saída do almoço, o novo líder do PSD revelou que, durante a reunião foram debatidos os “temas nacionais da atualidade”, sobretudo aqueles de “natureza estrutural e não conjuntural”.

O social-democrata deixou claro, contudo, que não levou ao Presidente da República uma “pasta” com medidas fechadas e acrescentou que tais reformas têm de ser, antes de mais, “devidamente pensadas e estruturadas”.

Sobre os temas que marcaram o encontro, Rui Rio apontou a descentralização e os fundos comunitáriosmatérias sobre as quais o PSD espera fechar acordos com o Executivo, até ao verão.

No que diz respeito a essa concordância dos poderes políticos, o antigo autarca do Porto enfatizou que Marcelo pode ter um papel relevante na aproximação dos laranjas aos socialistas. “O Presidente da República pode ter naturalmente um papel muito importante, no sentido da aproximação dos partidos para o diálogo construtivo”, sublinhou o político. Ainda assim, o social-democrata explicou que Marcelo não ficou de promover encontros entre esses partidos.

Esta segunda-feira, em Leiria, Catarina Martins recusou entrar em diálogo com os social-democratas. “O Bloco de Esquerda não sente qualquer necessidade desse diálogo [com o PSD]”, frisou a bloquista, relativamente ao debate sobre o investimento público. A coordenadora nacional do partido realçou ainda que “mais importante do que debater reuniões, encontros ou desencontros [com os laranjas], é debater propostas políticas concretas”.

Rio responde à bancada

Rui Rio manifestou, esta segunda-feira, a vontade de trabalhar com os 89 deputados do grupo parlamentar, mas avisou que os que “não quiserem colaborar” assumem essa responsabilidade.

“Os deputados são 89, à partida contamos com 89. Aqueles que não quiserem colaborar assumem essa responsabilidade de não colaborar, vou trabalhar com todos aqueles que quiserem trabalhar”, afirmou Rui Rio. Recorde-se que alguns históricos do PSD tinham aconselhado, este fim de semana, os deputados críticos de Rio a sair do Parlamento, depois de se ter provado difícil atingir a desejada pacificação interna.

Questionado se irá reunir-se ainda esta semana com a bancada do PSD, depois de o líder parlamentar ter sido eleito com menos de 40% dos votos, Rui Rio respondeu: “O grupo parlamentar não tem a direção toda eleita ainda, deixe eleger a direção toda, deixe estabilizar”, disse, referindo-se à eleição dos coordenadores e dos vice-coordenadores da bancada, que ainda não ocorreu.

Relativamente à reapreciação do diploma sobre o financiamento dos partidos, marcada para sexta-feira e cuja versão inicial foi vetada pelo chefe de Estado, o líder do PSD assegurou que mantém as dúvidas que manifestou na campanha interna sobre a isenção total do IVA para as forças políticas.

“Vou ver com o grupo parlamentar, a direção foi eleita há muito pouco tempo – ainda nem sequer foi toda eleita – vamos ver isso com pormenor, sendo certo que o que eu disse na campanha mantenho, precisamente na parte do IVA”, afirmou.

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