Investidor doa 86 milhões de dólares conseguidos com a bitcoin a instituições

Um investidor lucrou 86 milhões de dólares ao investir na bitcoin. Há uns dias criou o Fundo Abacaxi, no qual todos os lucros serão doados a instituições de solidariedade e causas sociais.

A bitcoin tem dado que falar e pelas melhores razões. O ano passado valia menos de 1.000 dólares (814,30 euros), acabando por superar as expectativas e atingir os 20 mil dólares (16,8 mil euros) em dezembro. Houve quem tivesse confiado nesta moeda virtual desde o início, acabando por lucrar, e muito, com ela. Hoje, com milhões de dólares no bolso graças à bitcoin, este investidor decidiu doar grande parte desse dinheiro a instituições de solidariedade e outras causas que considera importantes.

Site Pineapple FundPineapple Fund

“Lembro-me de começar a investir na bitcoin há alguns anos. Quando a bitcoin passou dos dez dólares pela primeira vez, pensei que seria um momento de triunfo para ela. Eu fiquei a assistir e vi o preço saltar: 15 dólares… 20 dólares… 30 dólares… Uau! Hoje, vejo-a valer 17.539 dólares. Às vezes não acredito. A bitcoin mudou a minha vida e eu tenho muito mais dinheiro do que aquele que posso gastar“. É assim que se apresenta este investidor solidário, que prefere manter o anonimato, ao mesmo tempo que explica o seu fundo no site Reddit.

O investidor, conhecido apenas como Pine (prefixo de pineapple, ananás em inglês), pretende doar 86 milhões de dólares (72,4 milhões de euros), frutos do investimento bem-sucedido em bitcoin. Desde a altura em que anunciou a notícia, há duas semanas, já doou mais de 15 milhões de dólares (12 milhões de euros) a 14 instituições de solidariedade e causas por todo o mundo, prevendo distribuir os restantes milhões durante os próximos meses.

Algumas das instituições ajudadas até agoraPineapple Fund

Mas, porquê o nome “abacaxi”? Pine responde, em conversa com o The Guardian: “Sempre gostei de abacaxi mas, uma vez que contém bromelina, a nossa boca pode sofrer uma espécie de reação alérgica se comermos demasiado”. O mesmo se passa com a bitcoin. “Então, tal como a bitcoin, agora é um bom momento para eu partilhar o abacaxi. Tenho muitas bitcoins para a vida que eu espero viver, estou a partilhá-las“, explicava.

Estou feliz por poder ajudar a mudar o mundo para melhor. Tenho uma grande fé na humanidade, mas desejo que mais pessoas possam viver com amor e respeito uns pelos outros”, disse Pine. Todas as instituições podem candidatar-se às doações no site do Fundo Abacaxi, ainda que o investidor tenha preferência por algumas áreas, como a saúde mental, a preservação ambiental, o combate à violência doméstica e ao abuso sexual. Posteriormente, são selecionadas segundo três critérios: “Quão impactantes são as suas causas (especialmente a nível internacional), que novidades estão a trazer ao mundo e quão eficientes e sustentáveis são“, explicava ao The Guardian.

“Mas, para ser honesto… Eu só financio instituições de caridade em que eu confio, e de confiança. Aquelas que eu acredito que são as melhores para responder às questões mais micro e para fazer boas atitudes neste mundo”, acrescenta. São nove as instituições que receberam quantias mais elevadas, constituindo organizações sem fins lucrativos, incluindo médicos investigadores, organizações que atuam em comunidades pobres e sem necessidades básicas e ainda causas relacionadas com tecnologia.

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