BCE reduziu estímulos porque está confiante na subida da inflação

  • Lusa
  • 23 Novembro 2017

O BCE diz que não tem intenção de acabar "de repente" com o programa de estímulos destinado a apoiar a economia na Zona Euro.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou em outubro uma redução dos estímulos monetários para metade a partir de 2018 porque confia numa subida da inflação, segundo as atas da reunião de política monetária.

O BCE disse que “uma ampla maioria dos membros (do Conselho de Governadores) apoiou” a proposta de reduzir a partir de janeiro as compras de dívida para 30 mil milhões de euros mensais até finais de setembro de 2018 e deixar em aberto o final do programa de aquisição de ativos.

O BCE não tem intenção de acabar “de repente” com o programa de estímulos destinado a apoiar a economia na Zona Euro, afirmou na altura o presidente do banco, Mario Draghi.

“O anúncio de uma data para o fim do programa podia induzir os participantes do mercado a ajustar preços de forma antecipada, o que podia levar a um indesejado endurecimento das condições financeiras”, de acordo com as atas.

O Conselho de Governadores também considerou importante continuar a mostrar a sua disposição e capacidade para mudar o programa de compra de dívida caso seja necessário se a situação piorar.

No passado dia 26 de outubro, o BCE decidiu reduzir os estímulos monetários na zona euro para metade (de 60 mil milhões de euros mensais para 30 mil milhões de euros) e manteve as taxas de juro, com a principal taxa de refinanciamento a permanecer em 0%.

O BCE tomou estas decisões porque as condições financeiras são estáveis, foi reduzida a volatilidade nas taxas de câmbio, há previsões de crescimento económico e confiança numa subida da inflação para se aproximar dos 2%, a meta da instituição.

Poucos membros defenderam que devia ser anunciada uma data clara para o fim da compra de dívida, porque se espera que a inflação suba, o crescimento económico é mais forte do que se previa e diminuíram os riscos.

Um membro defendeu mesmo que não se justificava manter em aberto o final do programa, designado como quantitative easing, e argumentou que a relação entre custos e benefícios da compra de dívida se tornaria cada vez mais desfavorável, apesar de reconhecer que era necessário manter a expansão monetária e que era importante que o programa termine de forma ordenada.

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