Endividamento da economia alivia dois mil milhões em setembro após recorde

Endividamento das Administrações Públicas, empresas e famílias aliviou dois mil milhões em setembro após ter atingido máximo em agosto, com desalavancagem do setor público.

O endividamento da economia — Administrações Públicas, empresas e famílias, excluindo-se os bancos — aliviou em setembro após ter atingido um nível máximo no mês anterior. Baixou em mais de dois mil milhões de euros para os 721,1 mil milhões de euros, segundo os dados do Banco de Portugal. Para esta evolução contribuiu sobretudo a desalavancagem no setor público. No final de setembro, o endividamento de Portugal era de 378,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

Depois de meses e meses a subir ao longo deste ano, o valor do endividamento da economia portuguesa, em termos nominais, voltou a cair em setembro. Cedeu 2,1 mil milhões de euros naquele mês, depois de ter atingido um máximo de sempre nos 723,2 mil milhões em agosto.

Desta vez, o contributo (quase exclusivo) veio do setor público: a dívida das Administrações Públicas caiu dois mil milhões de euros em setembro, sendo expectável que registe uma descida ainda mais acentuada em outubro e novembro, depois do trambolhão da dívida pública com o pagamento de uma linha de seis mil milhões de euros em meados do mês passado e ainda dos reembolsos antecipados ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Também o setor privado ajudou na desalavancagem da economia em setembro, nota o Banco de Portugal no comunicado divulgado esta quarta-feira, com o endividamento a cair cerca de 100 milhões de euros para um total de 403,9 mil milhões de euros.

Endividamento do setor não financeiro cai em setembro

Fonte: Banco de Portugal

Endividamento em mínimos de 2011

Por outro lado, com o reporte de setembro, já foi possível observar o impacto positivo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no nível de endividamento da economia no terceiro trimestre do ano.

De acordo com os dados do banco central, o endividamento da economia correspondia a 378,8% do PIB nacional no final de setembro, baixando em quase cinco pontos face ao nível de endividamento registado em junho. Trata-se do nível mais baixo desde o segundo trimestre de 2011, uma evolução que se explica não só com a descida da dívida em termos nominais como também com o fulgor da economia portuguesa em 2017.

O Instituto Nacional de Estatística revelou que o PIB cresceu 2,5% no terceiro trimestre do ano, um número que ficou em linha com o esperado pelos economistas, ainda que tem apresentado uma desaceleração face ao trimestre anterior.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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