CGTP diz que “a luta vai garantidamente continuar”

  • Lusa e ECO
  • 18 Novembro 2017

A manifestação deste sábado contou com um desfile entre a praça Marquês de Pombal e os Restauradores. Organização diz que estiveram presentes 60 mil trabalhadores.

O dirigente da CGTP, João Torres, disse este sábado que cerca de “60 mil trabalhadores” participaram na manifestação nacional da intersindical, em Lisboa e avisou que “a luta vai, garantidamente, continuar”. O responsável da comissão executiva da CGTP, falava nos Restauradores perto das 17:00, em Lisboa, local onde terminou a manifestação nacional promovida pela intersindical, que arrancou do Marquês de Pombal, perto das 15:30.

João Torres – que falou em vez do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, por este se encontrar afónico – sublinhou que “a luta é o motor do desenvolvimento”, como demonstraram os “avanços” alcançados com os professores esta semana quanto às progressões na carreira.

Há avanços, mas é curto o caminho até agora percorrido quando comparado com o muito que há para andar”, frisou o dirigente sindical, defendendo que “é preciso uma reposição mais consistente de rendimentos e de direitos”. “É tempo de passar das palavras aos atos, de fazer opções e de garantir um novo futuro assente na valorização do trabalho e dos trabalhadores”, disse.

É tempo de passar das palavras aos atos, de fazer opções e de garantir um novo futuro assente na valorização do trabalho e dos trabalhadores.

João Torres

Dirigente da CGTP

Entre as medidas exigidas pela CGTP estão o aumento geral dos salários em pelo menos 4%, a fixação do salário mínimo nacional em 600 euros em janeiro de 2018, o combate à precariedade, o horário de 35 horas semanais, 25 dias úteis de férias e o fim das penalizações das reformas para quem tem pelo menos 40 anos de contribuições.

Manifestação da CGTP este sábado em Lisboa

Milhares de pessoas de todo o país participam este sábado em Lisboa numa manifestação promovida pela CGTP em defesa da valorização do trabalho e dos trabalhadores.

Uma faixa vermelha com a inscrição “valorizar o trabalho e as pessoas” abriu a manifestação, que começou às 15:30, no Marquês de Pombal, e termina na praça dos Restauradores. Alguns dos milhares de manifestantes empunham cartazes exigindo as suas principais reivindicações: “Salário mínimo de 600 euros em janeiro de 2018”, “Fartos de serem maltratados, trabalhadores exigem salários justos”, “posto de trabalho permanente = vínculo de trabalho efetivo”.

A central sindical marcou o protesto porque, embora reconheça que os trabalhadores já recuperaram parte dos rendimentos e direitos perdidos nos últimos anos, defende a necessidade de mais medidas que assegurem a melhoria das condições de vida e de trabalho dos portugueses.

O aumento geral dos salários, a fixação do Salário Mínimo Nacional em 600 euros em janeiro de 2018, o combate à precariedade, a revogação das normas gravosas da legislação laboral e a implementação de uma política que assegure a estabilidade no emprego e respeite os direitos dos trabalhadores de todos os setores de atividade, são as principais reivindicações da Intersindical.

No manifesto elaborado para o protesto deste sábado, a CGTP reivindica também o combate às desigualdades sociais e à pobreza, a criação de emprego estável e com direitos e a regulação e redução dos horários de trabalho.

A manifestação está marcada para o início da tarde, com desfile entre a praça Marquês de Pombal e os Restauradores onde o secretário-geral da Inter, Arménio Carlos, fará uma intervenção político-sindical. No final do protesto os manifestantes deverão aprovar uma resolução a defender aumentos salariais de pelo menos 4%, a reposição do direito de contratação coletiva, 25 dias de férias, o aumento das pensões e a despenalização das reformas com 40 anos de descontos para a segurança social.

(Notícia atualizada às 16h32)

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