Medina: Novo terminal de cruzeiros é “mais uma pedra na solidificação da cidade”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 10 Novembro 2017

Foi inaugurado nesta sexta-feira o novo terminal de cruzeiros da cidade de Lisboa, uma infraestrutura que, para Fernando Medina, é mais um passo na requalificação da zona ribeirinha.

“Este é o dia em que se coloca mais uma pedra no edifício que é a solidificação da base da cidade”. A afirmação é de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, na inauguração do novo terminal de cruzeiros da cidade. A obra, que totalizou um investimento de 54 milhões de euros, é para Medina a continuação de um movimento de requalificação que se iniciou no Cais do Sodré e se estenderá até ao Parque das Nações.

Fernando Medina considera que este dia é “grande para a cidade de Lisboa” por duas razões. Primeiro, “vai permitir ambicionarmos a que Lisboa seja não só um porto de acostagem, mas também um porto de estadia mais prolongada e um porto de partida.” Segundo, mais uma fase do “investimento estratégico para a qualificação da frente ribeirinha da cidade”, processo iniciado por António Costa com as obras no Terreiro do Paço, e prosseguido pelo atual autarca da cidade.

"[O novo terminal de cruzeiros] vai permitir ambicionarmos a que Lisboa seja não só um porto de acostagem, mas também um porto de estadia mais prolongada e um porto de partida.”

Fernando Medina

Presidente da Câmara de Lisboa

Esta obra é constituída por um edifício com 13.800 metros quadrados, três andares e capacidade para 800 mil passageiros por ano, o que representa um aumento de 300 mil face aos números atuais, como afirma a Administração do Porto de Lisboa. Na mesma cerimónia de inauguração, foi afirmado que este investimento permitirá trazer mais 20% dos passageiros que foram trazidos neste ano.

Obra prevê um edifício com 13.800 metros quadrados em três andares e capacidade para 800 mil passageiros por ano, o que representa um aumento de 300 mil face aos números atuais.

A arquitetura do edifício foi outro dos aspetos sublinhados não só por Medina, mas pela maioria dos intervenientes. “Há pouco estava no terraço e pensei, que extraordinário edifício que ainda nos permite ter um terminal de cruzeiro”, confessa o autarca, considerando que o arquiteto responsável pela obra, José Luís Carrilho da Graça, “teve a capacidade de fazer um edifício que não choca com a vista da cidade”.

A economia do mar e do turismo

A importância desta infraestrutura para a economia do mar foi sublinhada pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, afirmando que a partir de agora há “um desafio mais importante”, que é “fazer com o que terminal cumpra os objetivos, atraindo mais cruzeiros e mais turistas”. Vitorino recordou o tempo em que serviu na secretaria de Estado dos Transportes e que viu este projeto nascer nos papeis. “É um dia muito feliz para a cidade, para a região, para economia do mar e para o turismo, e particularmente para mim”.

Para António Costa, esta obra marca “a importância da continuidade das políticas”, visto que “ao longo de três governos foi possível iniciar uma obra, foi possível abrir o concurso para a construção e concessão do terminal e é possível estar a inaugurar.” O primeiro-ministro também marcou presença na inauguração da infraestrutura, que estava prevista para este verão, mas que, devido às condições climatéricas adversas — justificação do Ministério do Mar — só veio a acontecer em novembro.

Costa afirmou que o turismo “ainda tem muito para dar” e que, ainda que o seu peso na economia seja já muito expressivo, pode crescer ainda mais “com o potencial que Portugal tem”. “Agora temos de fazer o mesmo nas zonas reprimidas do país”, sublinhando que a faixa interior, que nos liga à restante Península Ibérica, terá de ser também intervencionada. “Aqueles que dizem e procuram desvalorizar o peso do turismo estão enganados”, rematou o primeiro-ministro.

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