Ainda não percebeu o que está a acontecer na AG do Novo Banco?

Há quatro cenários em cima da mesa nas assembleias do Novo Banco que estão a acontecer hoje. O ECO ajuda-o a perceber os desfechos possíveis.

O Novo Banco lançou uma oferta no dia 24 de julho, propondo-se a recomprar as 36 linhas de obrigações vivas, com um saldo de três mil milhões de euros, e com um desconto real que pode ultrapassar os 30%.

Os credores foram convocados esta sexta-feira para 36 assembleias gerais (uma para cada linha de obrigação) e, teoricamente, há dois dois cenários possíveis em cima da mesa, que vão depender da participação dos investidores nestas reuniões.

Para haver quórum nas AG desta sexta-feira, é necessário que estejam presentes investidores representativos de mais de dois terços (66%) do valor das obrigações alvo da oferta.

1. Não há quórum na AG

Não havendo investidores suficientes, então os credores ficam automaticamente convocados para uma nova AG que se realizará no dia 29 de setembro.

Mas na segunda convocatória, o quórum mínimo deixa de ser 66% e passa a 33%, ou seja, será teoricamente mais fácil que a reunião se concretize. Nesta segunda reunião, e havendo o quórum mínimo, para que a oferta seja aprovada bastará então a aprovação por parte de investidores representativos de 25% do montante alvo da oferta.

2. Há quórum na AG

Havendo quórum nas reuniões de hoje, então os credores são chamados a votar uma cláusula designada de “solicitação de consentimento de reembolso antecipado”.

2.1. Credores aprovam a cláusula

Para aprovar esta cláusula, é necessário que 75% dos credores presentes na AG a votem favoravelmente. Neste cenário, há um efeito de arrastamento, ou seja, os restantes 25% são obrigados a aceitar compulsivamente a oferta. Neste caso, o assunto para este credores fica resolvido, embora ainda tenham de ficar a aguardar pelo resultado final das outras ofertas para saber se o Novo Banco conseguiu atingir o montante mínimo da poupança pretendida.

2.2. Credores não aprovam a cláusula

Se os credores optarem por chumbar a cláusula do “solicitação de consentimento de reembolso antecipado”, então a decisão de aceitar a oferta fica nas mãos de cada um dos credores individuais. Ou seja, têm até ao dia 2 de outubro para aceitarem ou não as condições oferecidas pelo Novo Banco.

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