Rui Vilar: CGD tem condições para realizar “futuro diferente”

  • Rita Atalaia
  • 10 Março 2017

A CGD pode ter registado os piores resultados de sempre, mas os administradores do banco do Estado estão otimistas. Rui Vilar diz que a Caixa tem agora condições para realizar um futuro "digno".

O presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) diz que o banco liderado por Paulo Macedo tem agora condições para realizar um “futuro diferente e digno da instituição”. Isto apesar de a Caixa tem registado os piores resultados de sempre no ano passado: prejuízos de 1,85 mil milhões de euros, um valor explicado pelo elevado montante de imparidades reconhecidas no final do ano passado. A fatura superou os três mil milhões de euros.

Paulo Macedo à direita e Rui Vilar à esquerda

“O que é importante é pensarmos que a partir de hoje há condições para realizarmos um futuro diferente e digno da história desta instituição.” É assim que Rui Vilar, presidente não executivo da CGD, arranca a apresentação dos resultados para 2016. É oficial: a Caixa registou os piores resultados de sempre.

O banco estatal, que em 2015 tinha registado 171 milhões de prejuízos, fechou 2016 com um resultado negativo de 1.859 milhões de euros. Até ao final dos nove meses, a instituição à data liderada por António Domingues apresentava um prejuízo de 189,3 milhões, valor esse que disparou no quarto trimestre para uma soma que, para dar uma ideia da dimensão, dava para comprar a Sonae.

Mas estes resultados — divulgados no dia em que Bruxelas aprovou a injeção de 3,9 mil milhões de euros no banco público, considerando que essa operação não constitui uma ajuda estatal injeçãonão desanimam Rui Vilar, apesar de reconhecer que o “exercício de 2016 não decorreu a velocidade de cruzeiro”.

O gestor diz ainda que o ano passado não foi um ano “típico”. “Foi um período em que esta instituição viveu sob enorme ruído”, critica, referindo-se à saída de António Domingues e de outros seis administradores. “O exercício de 2016 não decorreu em velocidade de cruzeiro”, rematou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Rui Vilar: CGD tem condições para realizar “futuro diferente”

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião