“Os fundos internacionais estão cada vez mais atentos ao que se passa em Portugal”

A equipa da Team Genesis (TG) da Morais Leitão patrocinou o Venture e promoveu um evento de networking. Luís Roquette Geraldes é o coordenador da equipa. A Advocatus foi conversar com o advogado.

Podem especificar de que forma foi feito o patrocínio ao Venture por parte da Morais Leitão?

Para além do acesso às várias conferências e mesas redondas do Venture e, em geral, à Web Summit, organizámos, em conjunto (com a Web Summit), o Venture Drinks – que contou com a presença de cerca de 180 investidores, bem como com vários dos nossos clientes empreendedores. Apesar do tempo não ter colaborado, o Venture Drinks correu muito bem.

Qual a motivação deste patrocínio?

Queremos que a Team Genesis (TG) continue a ser reconhecida no mercado como líder nas áreas em que atua. No contexto da Web Summit, o patrocínio do Venture, pela sua exclusividade e pelo público alvo a que se destina, é uma excelente oportunidade para consolidarmos o nosso posicionamento estratégico.

A Morais Leitão é o único escritório português a patrocinar o Venture?

Não somos a única sociedade a perceber o potencial destas áreas. Aliás, seria estranho se assim fosse, porque este é um mercado em crescimento. Em grande medida, ver outros concorrentes a tentar entrar nestes mercados deixa-nos mais descansados, mas é também uma forma de validação da existência da TG e do trabalho desenvolvido, é, pois, um estímulo para sermos cada vez melhores.

Quando foi criada a TG e qual o objetivo inicial?

A TG foi criada em 2013, depois de um ano intenso de trabalho e de preparação, numa altura em que o país tentava, aos poucos, emergir da grave crise em que se encontrava e percebeu-se que o mundo de empreendedorismo começava a ter alguma dinâmica e podia ser importante para ultrapassar a crise. Após uma análise cuidada, percebemos que não existia, à data, uma resposta jurídica adequada neste mercado e que podíamos replicar o modelo da Morais Leitão, enquanto one stop shop (ou seja, escritório que abarca todas as áreas do direito) para empresas emergentes e com uma forte componente tecnológica.

Começámos por ajudar empreendedores no início da carreira (por exemplo, dando formação) para evitar erros comuns que podem sair caros no futuro e padronizando alguma documentação jurídica. Acreditamos que assim ajudamos a reduzir ineficiências e a aumentar a taxa de sucesso dos projetos.

Com a maturação do mercado, o nosso foco passou a ser o apoio a empresas com modelos de negócio disruptivos e com grande potencial de crescimento, bem como investidores de capital de risco (venture capital).

Quantos advogados estão integrados na TG? São exclusivos dessa equipa?

A TG é composta por 17 advogados especializados em diferentes áreas. O objetivo passa por oferecer aos nossos clientes uma assessoria completa e transversal, que se adeque às suas ambições de crescimento global.

Deste número, quatro advogados trabalham quase exclusivamente com clientes da TG, focando-se principalmente na parte de investimento e direito societário, e a tendência é, com o atual desenvolvimento do ecossistema de startups portuguesas, que esse número continue a aumentar.

Como foi feita a escolha dos advogados para fazerem parte desta equipa?

Os elementos da TG têm em comum a aptidão, mindset e gosto específico por estas matérias – isso foi sempre um fator decisivo tanto na escolha dos membros iniciais como dos que foram sendo convidados para integrar a equipa à medida que as solicitações para determinadas áreas iam aumentando. Ao longo destes anos, a TG evoluiu e agora pensamos em verticais como fintech, life sciences, enterprise solutions, healthcare, inteligência artificial/big data, e-commerce, etc.

A TG trabalha tanto com empreendedores como com investidores, sobretudo internacionais. Que tipo de investidores são?

Sim, temos trabalhado sempre tanto com empreendedores como com investidores, o que nos permite ter um conhecimento particular sobre as preocupações de cada um.

Os investidores internacionais, que representamos, são tipicamente fundos de capital de risco com sede nos Estados Unidos, em Inglaterra, na Alemanha, em França, no Luxemburgo, etc. Os fundos internacionais estão cada vez mais atentos ao que se passa em Portugal – não só em Lisboa, mas também no Porto, Braga, Coimbra e Aveiro, por exemplo.

Que mais valia trouxe a TG à Morais Leitão em termos de volume de negócios?

A dimensão da equipa (17 advogados) e o lançamento da Team Genesis Asia dão uma ideia do que a TG tem trazido em termos de volume de negócios e da seriedade do compromisso da Morais Leitão com este mercado.

Qual o papel de uma sociedade de advogados num evento tech como a Web Summit?

Os avanços tecnológicos, hoje em dia, são transversais a qualquer área de atividade e o direito não é exceção. Na Morais Leitão organizámos, durante o verão, uma conferência que debatia precisamente este tema e a conclusão não podia ser outra: a tecnologia é imprescindível para as sociedades de advogados e quem não mostrar capacidade de adaptação vai passar um mau bocado. Esta é uma externalidade da TG que nos é muito cara: estamos em contacto constante com o que de melhor se faz em termos tecnológicos internacionalmente e isso ajuda-nos a otimizar processos internos e a melhorar os nossos serviços diariamente.

Desde há uns meses, a Morais Leitão conta também com a Team Genesis Asia que liga Portugal, Macau e Hong Kong. Porquê a Ásia?

A TG expandiu sua presença geográfica em 2017 com o lançamento da Team Genesis Asia, através do nosso escritório de Macau – MdME –, e respetivo escritório de representação em Hong Kong. Acreditamos que estes dois escritórios terão um papel fundamental na expansão da Sociedade e no apoio a empresas com operação em Portugal, no continente asiático e, acima de tudo, na Greater Bay Area – que acreditamos ter imenso potencial.

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