Itália compromete-se a não agravar défice. Juros da dívida afundam

O Governo de Itália já respondeu ao pedido de justificações da Comissão Europeia sobre as metas orçamentais. Compromete-se a agir caso necessário com vista a cumprir os objetivos para o défice.

Itália já respondeu às críticas de Bruxelas. Diz que o plano de fazer disparar a despesa pública não representa uma ameaça à estabilidade da União Europeia e compromete-se a agir caso seja necessário no sentido de colocar um travão ao défice. O compromisso está a agradar aos mercados. Os juros da dívida soberana de Itália aprofundam o alívio que já vinham a registar na reação à descida do rating por parte da Moody’s.

O compromisso foi assumido pelo ministro da economia italiano, Giovanni Tria, através de uma carta enviada à Comissão Europeia. Isto depois de na semana passada, a Comissão Europeia ter dito, através de uma carta enviada a Roma, que o Orçamento italiano tinha propostas “sem precedentes na União Europeia”, ao mesmo tempo que se mostrava disponível para manter um “diálogo construtivo” mas pedia explicações até 22 de outubro. Ou seja, hoje.

Na missiva enviada de Roma, citada pelo Financial Times, o responsável do executivo italiano diz que as propostas contidas no Orçamento do Estado são necessárias para a retoma do crescimento económico do país. Mas justifica que os planos “não colocarão em risco a estabilidade financeira de Itália ou de outros países da União Europeia”. E diz ainda acreditar que “o fortalecimento da economia italiana também é do interesse de toda a economia europeia”, salientando que o governo italiano “tomaria todas as medidas necessárias para garantir que os objetivos fossem estritamente respeitados“.

Juros a dez anos italianos em queda

Fonte: Reuters

Estes recentes desenvolvimentos estão a agradar aos mercados, sobretudo o da dívida. Os juros soberanos das obrigações italianas intensificam o rumo descendente que já vinham a verificar desde o início desta sessão. Isto depois de na sexta-feira a Moody’s ter descido o rating da dívida italiana, colocando-a a apenas um patamar do “lixo”, mas com perspetiva “estável”, algo que os investidores consideraram melhor face ao que esperavam.

Neste sentido, os juros italianos no prazo a dois anos recuam perto de 25 pontos base, para os 1,416%. Na maturidade a dez anos, a yield cai em torno de 16 pontos base, para 3,586%.

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