António Costa: declarações sobre incêndios foram “descontextualizadas e deturpadas”

Numa nota enviada à comunicação social, o primeiro-ministro afirma que as declarações que proferiu sobre os incêndios de Monchique foram mal interpretadas.

As declarações proferidas por António Costa esta quarta-feira sobre os incêndios de Monchique “foram descontextualizadas e deturpadas“, afirma o mesmo numa nota enviada à comunicação social. No mesmo documento, o primeiro-ministro procura explicar que “não só não procurou desdramatizar ou desvalorizar a gravidade da situação em Monchique”, como afirmou, “pelo contrário, que a situação era alarmante e ia agravar-se”.

Foram descontextualizadas e deturpadas as declarações que o Primeiro-Ministro proferiu ontem, 8 agosto, na Autoridade Nacional da Proteção Civil”, começa por ler-se na nota. Depois de o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ter classificado estes incêndios como uma “situação excecional de calor que nunca tinha sido observada no país, em que dia 4 de agosto foi o mais quente do século e todos os recordes foram batidos”, António Costa explica que “este, obviamente, é uma exceção. É a exceção que confirma a regra do que aconteceu no conjunto do país”.

Continuando, a nota sublinha que “o primeiro-ministro não só não procurou desdramatizar ou desvalorizar a gravidade da situação em Monchique como disse, pelo contrário, que a situação era alarmante e ia agravar-se“.

E também é falso que as palavras do Primeiro-Ministro tenham sido para elogiar as políticas de prevenção promovidas pelo Governo. O Primeiro-Ministro elogiou, sim, todos os portugueses, pelo esforço de limpeza feito ao longo do ano e pela contenção de comportamentos de risco. As primeiras palavras foram, aliás, dirigidas às populações, em segundo lugar aos agentes de proteção civil e em terceiro lugar aos autarcas, nunca se tendo referido à atuação do Governo”, acrescenta o comunicado.

Para terminar, António Costa sublinha que “é cedo para fazer quaisquer balanços dos incêndios, porque o verão começou tardio e também de forma atípica, e que o que é absolutamente prioritário é assegurar a proteção da vida das pessoas, reiterando uma palavra de solidariedade para com as pessoas afetadas com os incêndios”.

Recorde-se que, na passada quarta-feira, Costa afirmou: “É uma operação que vai ainda decorrer ao longo dos próximos dias. E não vale a pena termos a ilusão de pensar que este incêndio será apagado nas próximas horas. Não será apagado nas próximas horas. As próximas horas vão ser particularmente adversas, quer do ponto de vista da temperatura, quer do ponto de vista da velocidade do vento, quer do ponto de vista da humidade relativa”.

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