Pinho 3×3: soundbites, silêncios e propostas no Parlamento

Manuel Pinho disse que não era político mas portou-se como um no Parlamento: deixou soundbites, remeteu-se ao silêncio quando foi preciso e deixou propostas para baixar o preço da eletricidade.

Manuel Pinho foi claro: “Não sou político nem tenho carteira de partido”. Mas não se esqueceu do tempo em que foi membro do Governo. Deixou soundbites para fazer manchetes nos jornais de amanhã. Remeteu-se ao silêncio perante a insistência dos deputados da Comissão de Economia, onde se esperava que esclarecesse os alegados pagamentos do GES enquanto era ministro. E até deixou propostas para baixar a fatura da eletricidade aos portugueses.

Os soundbites ?

A fatura da eletricidade é uma vaca leiteira. Vai-se buscar tudo à fatura eletricidade“, afirmou Pinho, explicando que não são as rendas no setor energético (os chamados CMEC) que pesam no preço da eletricidade.

Se eu convido alguém para vir ver futebol à minha casa, não o ponho a lavar o chão“, disse o antigo governante para não responder às perguntas dos deputados sobre a sua ligação ao GES.

“O PSD foi pai dos CMEC e mãe das barragens”, ripostou Manuel Pinho quando foi atacado pelos social-democratas.

Os silêncios ?

É beneficiário direto ou indireto de alguma offshore?“, perguntou o deputado do PSD, Paulo Rios de Oliveira, que queria saber se o ministro da Economia de José Sócrates recebeu dinheiro do GES através da sociedade Masete II, uma das offshores alegadamente detidas por Manuel Pinho.

Foi verdadeiro a preencher as declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional?”, questionou a deputada bloquista Mariana Mortágua.

“Há notícias de que recebeu, entre 2005 e 2009, uma mensalidade de 15 mil euros da Espírito Santo Enterprises. Como é que conseguimos avaliar a sua independência? Declarou ao Fisco estes rendimentos?”, perguntou, por seu turno, o deputado do CDS Pedro Mota Soares.

As propostas ?

Manuel Pinho argumentou que o elevado preço da eletricidade não se deve aos CMEC (Contratos de Manutenção de Equilíbrio Contratual). “É uma questão política”, afirmou o antigo ministro da Economia, apresentando três propostas para fazer baixar a fatura mensal da eletricidade em 10%. Para português ver.

  • Eliminar a taxa audiovisual, o que para Manuel Pinho “não é uma medida abstrata”.
  • Adotar taxa de IVA igual à média da UE. “Ninguém está de acordo que a eletricidade pague IVA igual aos casacos de couro e joias”, salientou.
  • Aprofundamento da tarifa social

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