Sporting afunda 6% após nova vaga de rescisões

O Sporting volta às quedas acentuadas na bolsa de Lisboa, depois da nova vaga de rescisões por justa causa ter incluído os principais jogadores dos leões, como Gelson Martins e William Carvalho.

O Sporting volta às quedas acentuadas na bolsa de Lisboa, depois da nova vaga de rescisões por justa causa ter incluído os principais jogadores dos leões, como Gelson Martins e William Carvalho.

As ações da SAD leonina, que negoceiam por chamada, afundaram esta terça-feira 6,15% para os 0,61 euros — depois de três sessões sem negociar. É a cotação mais desde 4 de abril, justamente o dia anterior à realização do jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa contra o Atlético Madrid, na capital espanhola, e quando começaram os problemas entre o presidente Bruno de Carvalho e os jogadores.

Como é habitual em torno das SADs nacionais, a negociação de ações do Sporting ficou marcada por uma liquidez foi reduzida. Cerca de 1.500 títulos trocaram de mãos, em linha com aquilo que tem sido a média diária dos últimos 12 meses.

Esta segunda-feira, mais quatro jogadores rescindiram com o clube de Alvalade de forma unilateral: além de Gelson e William, também Bruno Fernandes e Bas Dost anunciaram as rescisões do contrato por justa causa. São já seis os atletas que abandonam o Sporting, com um valor de mercado em torno de 115 milhões de euros, adensando a crise no clube.

Sporting em mínimos de dois meses

Fonte: Reuters

Face à nova onda de saídas, o presidente do Sporting anunciou na noite desta segunda-feira que a direção do clube se demitiria caso os jogadores voltassem atrás nas suas decisões e regressassem a Alvalade. Bastaria apresentar uma carta com estas condições para Bruno de Carvalho apresentar a sua saída e convocar eleições antecipadas.

Ainda assim, o líder leonino considerou que as rescisões apresentadas não têm fundamento legal. “Tenho aqui três cartas. Tenho de vos dizer que o que está aqui nestas rescisões não tem qualquer fundamento a nível de justa causa”, afirmou o dirigente numa conferência de imprensa realizada em Alvalade. “A argumentação é tão fraca nas cartas, tão fraca que já se percebeu que estes processos não vão ser levados ate ao fim”, disse ainda, frisando que isto “não vai dar em nada”.

Mais rescisões deverão ser apresentadas nos próximos dias. De acordo com a imprensa desportiva, Mathieu e Acuña também deverão rescindir com os leões. Termina esta quinta-feira o prazo legal para que os jogadores possam rescindir com o clube por justa causa, dado que passam 30 dias desde o ataque ao plantel na Academia de Alcochete.

Entretanto, enquanto a crise persistir, o empréstimo obrigacionista do Sporting vai continuar congelado e o clube arrisca-se a entrar em incumprimento no que toca ao pagamento de salários a funcionários e jogadores. O prospeto para a emissão de dívida no valor de 15 milhões de euros continua à espera de autorização da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que quer garantir que o documento contenha todas as informações relevantes para a tomada de decisão dos investidores. Este dinheiro serviria para financiar a tesouraria do clube e responder a despesas mais imediatas.

(Notícia atualizada às 11h10)

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