Professores: Sindicatos anunciam manifestação para 19 de maio

  • Marta Santos Silva
  • 9 Abril 2018

Os representantes dos professores e educadores reivindicam a recuperação do tempo de serviço dos períodos do congelamento das carreiras, e dizem não ter tido resposta após a sua última greve.

Os sindicatos dos professores anunciaram esta segunda-feira uma manifestação nacional para 19 de maio. “Decidimos hoje marcar uma manifestação nacional de professores para 19 de maio. Queremos que seja uma grande iniciativa”, disse aos jornalistas o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, citado pela Lusa. O sindicalista acrescentou que quer um “Marquês de Pombal completamente cheio” às 15h00 desse dia.

Dez sindicatos de professores e educadores, incluindo a Federação Nacional de Educação (FNE), afeta à UGT, e o sindicato ligado à CGTP, a Fenprof, chegaram a acordo esta tarde para realizar a manifestação, numa reunião que contemplou formas de luta para recuperar a contabilização, no âmbito das progressões, do tempo de serviço cumprido durante os períodos de congelamento das carreiras.

As organizações sindicais são as mesmas que assinaram, em novembro, uma Declaração de Compromisso com o Ministério da Educação, no qual os governantes se comprometeram a fazer uma recuperação do tempo de serviço dos professores no processo de descongelamento das carreiras.

No documento, o Governo comprometia-se a contabilizar o tempo de serviço para efeitos de progressão dos professores, embora não tenha deixado claro quantos anos seriam contabilizados para a progressão. Desde então, não tem sido possível encontrar um acordo entre o Ministério da Educação, que não propõe recuperar mais do que dois anos e 10 meses de tempo de serviço, enquanto os sindicatos reivindicam a recuperação total dos mais de nove anos em que, em dois períodos, as progressões nas carreiras estiveram congeladas, embora aceitando que isso venha a acontecer ao longo das próximas legislaturas.

Entre os dias 13 e 16 de março, os sindicatos dos professores organizaram uma greve por regiões, e aguardaram depois resposta do Ministério da Educação, do primeiro-ministro ou do Presidente da República aos pedidos de reunião, sem ter tido sucesso. “Tendo sido essa a opção, designadamente do governo, a resposta dos professores será inevitável. Com o objetivo de divulgar a próxima grande ação, num ano que tem sido marcado por inúmeras lutas dos professores”, as organizações sindicais Fenprof, FNE, ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU acordaram

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