Wall Street recupera após a pior semana em dois anos

É preciso recuar a Agosto de 2015 para encontrar um dia em que os três índices norte-americanos tenham registado um ganho tão significativo num só dia.

As ações das empresas tecnológicas ajudaram Wall Street a recuperar da pior semana em dois anos. É preciso recuar a agosto de 2015 para encontrar um dia em que os três principais índices norte-americanos tenham tido uma valorização tão significativa num só dia, revela a Reuters. Mas não só. O abrandar dos receios de uma guerra comercial a toda a linha com a linha com a China também ajudou a manter o entusiasmo dos investidores. A bolsa norte-americana fecha assim em alta, ou seja, da mesma forma como abriu.

O S&P 500 fechou a valorizar 2,72%, nos 2.658,55 pontos, o industrial Dow Jones ganhou 2,84%, nos 24.202,6 pontos, e o tecnológico Nasdaq fechou a valorizar 3,26% para os 7.220,54 pontos.

O ganho de mais de 650 pontos no Dow Jones ajudou a anular parte das perdas da semana passada. Mas os bancos também ajudaram nos bons resultados desta segunda-feira, ao registar ganhos sólidos beneficiando de uma recuperação nas yields das obrigações. O Nasdaq apesar de ter fechado com forte valorização teve títulos com comportamentos diametralmente opostos: as ações da Microsoft registaram ganhos superiores a 5%, depois de o Morgan Stanley ter revisto em alta o preço alvo das ações, dizendo que estas podem atingir uma valorização bolsista de um bilião de dólares no espaço de 12 meses. Mas o Facebook está oficialmente a entrar em bear market, na sequência do escândalo da Cambridge Analytica, com as ações a caírem 6%.

A ajudar o bom desempenho de Wall Street esteve o facto de Estados Unidos e China terem admitido sentar-se à mesa das negociações para discutir as tarifas alfandegárias e mitigar desequilíbrios comerciais entre os dois países. As quedas da semana passada foram alimentadas, em parte, pelas tensões geradas pela decisão de Donald Trump de impor tarifas às importações chineses até 60 mil milhões de euros, que acrescem às já anunciadas sobre painéis solares, aço e alumínio.

“Ao longo do fim de semana, houve sinais de que a imposição de tarifas sobre a China poderá ser menos onerosa do que inicialmente pensado”, disse Bucky Hellwig, vice-presidente na BB&T Wealth Management em Birmingham, Alabama. “A realidade é que provavelmente não haja uma guerra comercial, tal como sugere o facto de haver negociações entre a China e os Estados Unidos para tentar resolver estas questões”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Wall Street recupera após a pior semana em dois anos

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião