Fundador do Facebook volta a pedir desculpas por uso indevido de dados

  • Lusa
  • 25 Março 2018

“Temos a responsabilidade de proteger a sua informação”, afirma o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, numa carta de desculpas que ocupa uma página inteira em vários jornais estrangeiros.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, voltou este domingo a pedir desculpa pelo uso indevido de dados de milhões de utilizadores pela empresa Cambridge Analytica, num anúncio publicado em vários jornais do Reino Unido. “Temos a responsabilidade de proteger a sua informação. Se não podemos fazê-lo, não a merecemos”, afirma o norte-americano Mark Zuckerberg numa carta de desculpas, que ocupa uma página inteira de jornais como o The Observer.

A carta é publicada após o envolvimento do Facebook numa vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recolhido dados de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.

Na carta de desculpas, o diretor da rede social admite que faltou à confiança dos utilizadores ao permitir que uma aplicação, desenvolvida pelo professor da Universidade de Cambridge Aleksandr Kogan, coletasse dados para a Cambridge Analytica e lamentou não ter feito “mais sobre isso”. “Estamos a tomar as medidas necessárias para que isso não aconteça novamente”, refere na missiva, publicada um dia depois de investigadores britânicos terem feito buscas, durante sete horas, às instalações da Cambridge Analytica em Londres à procura de provas.

Zuckerberg afirma que o Facebook fornecerá aos utilizadores mais informações sobre quem pode aceder aos seus dados. “Obrigado por acreditarem nesta comunidade, prometo fazer melhor por vocês”, refere o fundador do Facebook, empresa que perdeu mais de 40 milhões de euros do seu valor de mercado desde a divulgação do escândalo.

Na quarta-feira, Zuckerberg tinha já pedido desculpas pelo que aconteceu e estava disposto a depor perante o Congresso dos Estados Unidos, mas o ministro da Cultura britânico considerou a resposta insuficiente. Nos Estados Unidos, os procuradores de Nova Iorque e de Massachusetts e a Comissão Federal do Comércio anunciaram que vão investigar o caso.

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