Imobiliário em máximos de sempre. Vendas de casas ultrapassam 19 mil milhões

Os preços de venda das casas aumentaram mais de 9% no ano passado. Em média, cada casa foi vendida por pouco mais de 126 mil euros.

Comprar casa está cada vez mais caro. Em 2017, os preços de venda de casas aumentaram a uma média anual de 9,2%, uma subida que ultrapassa em 2,1 pontos percentuais o crescimento já registado em 2016. Mas o encarecimento do imobiliário não impede recordes. Nunca se venderam tantas casas em Portugal, nem por valores tão altos.

Os dados, relativos ao conjunto do ano passado, foram publicados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ao todo, segundo a informação publicada pelo INE, foram transacionadas 153.292 casas no ano passado, número que representa um aumento de 20,6% em relação a 2016. As transações totalizaram 19,3 mil milhões de euros, mais 30,6% do que em 2016.

Esse montante total representa o valor mais elevado desde, pelo menos, 2009, ano em que o INE começou a fazer o índice de preços da habitação. O valor supera mesmo os números de 2010, até agora o ano recorde do índice feito pelo INE. Nesse ano, imediatamente antes de o setor imobiliário começar a contrair, as transações de casas totalizaram 15,6 mil milhões de euros.

E significa também que, em média, cada casa em Portugal foi vendida, no ano passado, por pouco mais de 126 mil euros. Esse é também o valor médio de venda mais elevado desde que o INE começou a elaborar o índice. “Nos últimos quatro anos, o valor das transações dos alojamentos mais do que duplicou, sendo que o número de transações aumentou 82% entre 2014 e 2017”, aponta ainda o INE.

O crescimento dos preços foi comum tanto às casas já existentes como às casas novas, mas foi mais acentuado no primeiro caso. O preço médio de vendas das habitações existentes aumentou em 10,4%, quase o dobro do ritmo de crescimento observado nas habitações novas, de 5,6%.

As áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concentraram 64,3% do número total das transações realizadas, o que constitui um novo máximo na série disponível. Já o Algarve foi a única região do país a registar uma redução da quota no número total de transações, representando agora 9,4% do total.

Também em valor de vendas Lisboa é a região mais representativa, respondendo por quase metade (48,2%) dos 19 mil milhões de euros transacionados no ano passado.

Notícia atualizada pela última vez às 12h03 com mais informação.

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