Exploração de petróleo dá lucros de 602 milhões à Galp

O crescimento no negócio de Exploração e Produção impulsionou os resultados da energética, que registou resultados acima das expetativas dos analistas.

A Galp Energia fechou o ano passado com lucros de 602 milhões de euros, acima das expetativas dos analistas. O crescimento no negócio de Exploração e Produção impulsionou os resultados que aumentaram em 25%. Perante estes números, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva vai propor um aumento do dividendo para 55 cêntimos por ação.

De acordo com o comunicado enviado esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa que tinha registado lucros de 483 milhões no ano anterior, elevou o resultado líquido para 602 milhões, valor que compara com os 593 milhões estimados pelos analistas do BPI.

A Galp Energia atribui este acréscimo de 120 milhões de euros do resultado líquido ao “aumento da produção de petróleo e de gás natural no Brasil, aliado à boa performance das atividades de downstream [distribuição e comercialização] nos principais mercados em que a Galp atua”. A produção média anual de petróleo e gás cresceu 38% para 93,4 mil barris por dia, impulsionada pelo pré-sal brasileiro, tendo no último trimestre de 2017 ultrapassado a barreira dos 100 mil barris por dia.

O EBITDA totalizou os 1,87 mil milhões, com o crescimento na “produção no negócio de upstream e da sólida performance operacional das atividades de downstream, assim como da evolução positiva do contexto macroeconómico”, lê-se no comunicado. O volume de negócios foi de 15,2 mil milhões de euros, 16% superior ao do ano anterior.

A área até agora de maior relevância, a Refinação e Distribuição, foi substituída pela Exploração e Produção na dianteira, com este segmento a atingir receitas de 913 milhões — um crescimento homólogo de 85%. No quarto trimestre de 2017, o petróleo representou 88% da produção.

A rede de distribuição ficou-se pelos 785 milhões, embora tenha também expandido 36%, “suportado pela envolvente de mercado e pela disponibilidade operacional das refinarias”. Já a área de Gás & Power surpreende pela negativa, com uma quebra de 55% no negócio, uma perda de 172 milhões para os 141 milhões.

Também no investimento se registaram quedas. A mais expressiva foi, precisamente, no segmento de Gas & Power, no qual o investimento caiu 67%. Seguiu-se a quebra na Exploração e Produção, de 18%, e de apenas 5% no negócio de Refinação e Distribuição. No total, a Galp investiu pouco mais de mil milhões na sua atividade, menos 17% que no ano anterior.

A dívida líquida, que os analistas do BPI esperavam ver ultrapassar a fasquia dos 2 mil milhões, situou-se desta forma nos 1,89 mil milhões, em linha com o registado em 2016.

Os resultados apresentados serão discutidos durante o Capital Markets Day, evento que decorrerá durante esta manhã e onde o CEO, Carlos Nuno Gomes da Silva, esclarecerá as questões dos analistas e jornalistas acerca dos resultados e plano estratégico da empresa.

A jornalista viajou a Londres a convite da Galp.

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