Ferraz da Costa: “As pessoas não querem trabalhar”

  • ECO
  • 16 Fevereiro 2018

O líder do Fórum para a Competitividade garante que as empresas têm tido dificuldade em encontrar trabalhadores porque "as pessoas não querem trabalhar".

Ainda que a taxa de desemprego se situe no nível mais baixo dos últimos nove anos, Pedro Ferraz da Costa deixa um alerta: “há falta de mão-de-obra em muitos setores, há bastante tempo”. E não é porque as pessoas não têm a qualificação necessária, é “porque não querem trabalhar”.

Em entrevista ao jornal i, o presidente do Fórum para a Competitividade garante que as empresas têm tido dificuldade em encontrar trabalhadores para suprir as necessidades do mercado, sendo que isso está a afetar a capacidade de crescimento das mesmas.

“Qualquer empresa que queira contratar não consegue. E essa dificuldade é sentida, tanto na agricultura como no turismo, indústria ou serviços, é por toda a parte”, aponta Ferraz da Costa. “Nós temos aqui algumas áreas na nossa atividade (farmacêutica) onde não crescemos mais porque não encontramos pessoas”.

Para além de liderar o Fórum da Competitividade, Ferraz da Costa integra o setor farmacêutico através da presidência da Iberfar. Também dessa posição, garante que é necessário fazer uma reforma profunda no ensino, “mas o país não faz isso nem coisa nenhuma”.

"Reformar é a tarefa mais ingrata que existe porque todos os que se vão sentir incomodados estão contra e não tem ninguém a favor porque só percebem o quanto foi bom quando tiver acontecido.”

Pedro Ferraz da Costa

Presidente do Fórum para a Competitividade

“Reformar é a tarefa mais ingrata que existe porque todos os que se vão sentir incomodados estão contra e não tem ninguém a favor porque só percebem o quanto foi bom quando tiver acontecido”, afirma, avançando com medidas como o aumento da formação prática como um começo.

Ferraz da Costa deixa ainda críticas ao Orçamento do Estado para este ano, afirmando que “foi mau para o país encontrar uma solução política deste género, mas foi a única possível dentro do estado de crispação” entre os partidos. Quando questionado sobre se o próximo Orçamento corre o risco de ser eleitoralista, Ferraz da Costa considera prontamente: “Não sei se não vamos ter eleições mais cedo”.

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