Governo sobre PIB de 2017: “Este crescimento económico é socialmente mais equitativo”

O Ministério das Finanças já reagiu aos números do PIB divulgados pelo INE. O gabinete de Mário Centeno defende que crescimento do PIB acompanha "evolução sólida" do mercado de trabalho.

“O Governo destaca que este crescimento económico é socialmente mais equitativo, assente na criação de emprego e numa gestão criteriosa das contas públicas”, defende o Ministério das Finanças em comunicado enviado às redações esta quarta-feira, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revelado que a economia portuguesa cresceu 2,7% em 2017, o maior crescimento desde 2000.

O gabinete de Mário Centeno destaca que “a economia portuguesa cresce pelo décimo quinto trimestre consecutivo, mas agora num contexto de maior equilíbrio das contas públicas e das contas externas”. Com base nos dados do INE, o Governo dá destaque ao investimento como o motor desta “significativa aceleração da atividade económica”.

O Ministério das Finanças reconhece que “este crescimento económico está ligeiramente acima do previsto pelo Governo no Orçamento do Estado de 2018”, mas argumenta que isso corrobora “a solidez dos cenários macroeconómicos subjacentes às projeções orçamentais”. Na proposta do OE/2018, Mário Centeno esperava uma subida do PIB de 2,6% numa altura em que o Conselho das Finanças Públicas já apontava para um crescimento de 2,7%, o que veio a concretizar-se.

O Governo destaca a evolução “sólida” do mercado de trabalho que, segundo o comunicado, somou mais 161 mil empregos e menos 121 mil desempregados face a 2016. Na semana passada, o INE revelou que a taxa de desemprego caiu para 8,9% em 2017, um mínimo de nove anos. É preciso recuar até 2008 para encontrar uma taxa mais baixa (7,6%). Tal como aconteceu com a previsão para o PIB, também a estimativa da taxa de desemprego foi superada uma vez que em outubro o Governo previa que ficasse pelos 9,2%.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

A economia portuguesa cresceu 2,7% em 2017, principalmente devido à aceleração do investimento no país. Esta subida é 1,2 pontos percentuais acima da variação registada em 2016 — 1,5%, uma desaceleração face a 1,8% de 2015 — e supera os crescimentos económicos do anterior Governo. “Esta evolução resultou do aumento do contributo da procura interna, refletindo principalmente a aceleração do investimento, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo idêntico ao registado em 2016″, explica o INE.

Estes números constam da estimativa rápida do INE para o crescimento da economia. Os dados mais finos serão conhecidos apenas no próximo dia 28 de fevereiro.

(Notícia atualizada às 11h51 com mais informação.)

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