Bolsas respiram de alívio. Lisboa soma 2% na melhor sessão do ano

A bolsa de Lisboa recuperou das perdas dos últimos dias e fechou esta sessão a ganhar mais de 2%. Acordo para a formação do Governo alemão animou as praças europeias.

Foi um dia positivo para a bolsa de Lisboa, depois do pior ciclo de quedas desde janeiro de 2016. O PSI-20 somou mesmo a melhor sessão desde março do ano passado, acompanhando o sentimento favorável que se viveu nas restantes praças europeias na sequência do acordo na Alemanha para a formação do Governo.

Depois de na terça-feira ter encerrado a sessão a cair pelo sétimo dia consecutivo, o principal índice bolsista nacional reverteu a tendência e fechou hoje a valorizar 2,16% para os 5.441,08 pontos. No resto da Europa o cenário foi semelhante. O Stoxx-600 avançou 2,06% para os 380,46 pontos, o francês CAC-40 ganhou 1,82% para os 5.255,62 pontos e o espanhol Ibex-35 valorizou 1,93% para os 9.973,2 pontos.

A contribuir para este bom desempenho das praças europeias esteve o anúncio do acordo para a formação de uma coligação entre Angela Merkel e Martin Schulz e cujo entendimento vai dar ao Partido Social-Democrata (SPD) a importante pasta das Finanças, anteriormente entregue a Wolfgang Schäuble. Schulz já anunciou uma “mudança de rumo” na política europeia.

Não subestimem o impacto que o SPD terá com o cargo influente do ministro das Finanças”, referiu o economista-chefe do Commerzbank, Jörg Kramer. “Isto marca uma grande mudança face à política de Schäuble no que toca à integração europeia e à transferência do risco em direção aos países da periferia”, acrescentou.

"Não subestimem o impacto que o SPD terá com o cargo influente do ministro das Finanças. Isto marca uma grande mudança face à política de Schäuble no que toca à integração europeia e à transferência do risco em direção aos países da periferia.”

Jörg Kramer

Economista-chefe do Commerzbank

Na bolsa nacional, apenas quatro das 18 cotadas fecharam em terreno negativo. A maior subida coube à Pharol, que avançou 10,38% para os 0,2340 euros, no dia em que os acionistas da Oi aprovaram ações cíveis contra o presidente da operadora brasileira, Eurico Teles, e o diretor financeiro, Carlos Brandão. O banco liderado por Nuno Amado também contribuiu para o bom desempenho em Lisboa, fechando esta sessão a ganhar 4,27% para os 0,3050 euros.

No setor energético, a tendência também foi positiva. A REN somou 1,32% para os 2,44 euros, assim como a EDP que avançou 3,37% para os 2,72 euros. A EDP Renováveis acompanhou o bom desempenho e fechou com ganhos de 1,97% para os 6,99 euros. A Galp valorizou 2,74% para os 15,01 euros.

A fechar esta sessão em terreno negativo estiveram os CTT, que recuaram 2,84% para os 3,35 euros e a Nos, que deslizou 0,39% para os 5,05 euros.

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