Catroga deve assumir cargo internacional num grande grupo económico

Para Marques Mendes, António Mexia ganhou a guerra com António Costa ao ser reconduzido no cargo, um anúncio feito com quase cinco meses de antecedência. Catroga não comenta a novidade.

Eduardo Catroga, que não será reconduzido na cúpula da EDP por limitação de mandatos, deverá dentro do dois meses assumir um cargo internacional num grande grupo económico, anunciou Luís Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na Sic.

Sem revelar a que grupo se estava a referir, Marques Mendes limitou-se a garantes que o social-democrata, Eduardo Catroga, “está aí para as curvas”.

O ECO questionou Eduardo Catroga sobre qual o grupo para o qual iria trabalhar, mas o chairman da elétrica recusou-se a avançar qualquer informação. “Sobre isso não falo”, disse ao ECO, sem desmentir a informação avançada. “O que posso dizer em relação ao meu futuro? Que me sinto cheio de energia e com vontade de trabalhar”, acrescentou.

Marques Mendes revelou ainda que Eduardo Catroga já teve “vários convites”, já que a sua saída da EDP era certa, porque “os chineses não podiam exercer por mais tempo a presidência daquele órgão. Catroga confirma: “Há mais do que um candidato a ter os meus serviços. São funções que ultrapassam Portugal. No dia 5 de abril irei tomar uma opção”.

“Com 75 anos está aí para as curvas e acho que daqui a dois meses vai assumir um cargo internacional num grande grupo económico internacional. Sempre cheio de energia. E energia é mesmo a palavra adequada”, acrescentou Marques Mendes.

No capítulo da energia, o comentador da Sic defendeu que a recondução de António Mexia à frente da EDP, “de certa forma é uma derrota pesada para António Costa”.

“O Governo tem estado em grande conflito com a EDP e António Costa nos últimos meses assumiu mesmo esse conflito e ficou a sensação de que estava a fazer pressão para que António Mexia não fosse reconduzido. E de repente é reconduzido com o apoio de todos os acionistas e não apenas os chineses”, sublinhou o advogado. Mas frisou ainda que a assembleia geral da EDP é só em abril, mas a decisão foi anunciada agora, o que representa “uma posição de força”. Mexia “ganhou este braço de ferro com António Costa”.

Mas, para Marques Mendes o mais importante é definir “o que vai ser o futuro da EDP”, algo que é “fundamental para Portugal”. “Cada vez mais está afastada a ideia de uma fusão com uma empresa espanhola ou de outro país”, disse o advogado numa referência aos rumores de uma fusão com a espanhola Gás Natural. “Cada vez mais a ideia dos chineses, o principal acionista, é estudarem a possibilidade de a EDP funcionar como plataforma para os seus investimentos quer na Europa, quer o Brasil, quer na América Latina. Ou seja, a EDP ser uma plataforma para os investimentos internacionais dos chineses“.

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