CTT aceleram mais de 3% com plano de reestruturação à vista

Sob pressão depois de ter cortado o dividendo, ações dos CTT recuperam esta quinta-feira depois da notícia de que deverá avançar para um corte de 300 funcionários no âmbito do plano de reestruturação.

As ações dos CTT CTT 0,88% estão em recuperação na bolsa esta quinta-feira, depois de ter perdido metade do valor desde o início do ano, na sequência da intensa pressão vendedora que se abateu sobre a empresa depois dos resultados menos positivos nos primeiros nove meses do ano.

Em Lisboa, os títulos dos correios avançam 3,68% para 3,30 euros, registando a melhor sessão em mais de uma semana, após a notícia de que os CTT deverão avançar para o despedimento de 300 trabalhadores, medida que visa responder à necessidade de redimensionar a atividade da empresa devido à quebra acentuada no negócio da distribuição de cartas.

“Esperamos que o plano de reestruturação dos CTT seja anunciado nas próximas semanas”, dizem os analistas do Haitong. “Em termos de número de staff, os 300 despedimentos representam menos de 3% do total de trabalhadores, que eram mais de 10.000 no final de setembro. Em termos de redução de balcões, isto será a questão mais problemática”, lembram.

O banco explica que o regulador vai querer manter a densidade da presença dos CTT por todo o país. “Isso não é consistente com o fecho de 75 das 600 agências“, notam os analistas. “Uma possível transferência da gestão dos balcões para terceiros pode estar em cima da mesa. Pode ser uma alternativa mas será necessário a administração dar mais detalhes”, comentaram os especialistas.

De acordo com a Sábado, fonte da empresa indicou que “após algumas solicitações de reformas antecipadas”, a empresa comunicou “às estruturas representativas dos trabalhadores que estão disponíveis para, em duas etapas distintas, acolher até cerca de 300 rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas”.

Os CTT têm estado no olho do furacão dos investidores depois de terem cortado o dividendo em 20%, na sequência dos resultados menos positivos que espera alcançar em 2017, sobretudo por causa da queda na distribuição de correspondência, a atividade core da empresa.

"Esperamos que o plano de reestruturação dos CTT seja anunciado nas próximas semanas. Em termos de número de staff, os 300 despedimentos representam menos de 3% do total de trabalhadores, que eram mais de 10.000 no final de setembro. Em termos de redução de balcões, isto será a questão mais problemática.”

Haitong

Até setembro, o segmento “Correio” apresentou uma quebra de 1% para 393 milhões de euros, em reflexo de menor atividade na entrega de correio postal por causa do digital. Por outro lado, o negócio de entrega de encomendas (E&P) cresce 9% e as receitas de 92,6 milhões de euros obtidas nos primeiros nove meses do ano representam já 17% do total das receitas.

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