Catalunha castiga bolsas. Juros de Espanha sobem

Puidgemont fez uma nova ameaça. Madrid responde: vai suspender a autonomia da Catalunha. A tensão está a aumentar, levando à queda das bolsas europeias. Os juros de Espanha sobem.

A Catalunha está a incendiar os mercados. Depois da nova ameaça de independência feita por Puidgemont, Mariano Rajoy diz que está pronto para avançar com a suspensão da autonomia da Catalunha. Há um agudizar da tensão política que está já a fazer tremer os mercados. As bolsas europeias estão em queda, com Madrid a cair quase 1%. Os juros da dívida espanhola acelera.

Carles Puigdemont enviou uma carta ao primeiro-ministro espanhol, nesta quinta-feira, onde diz que caso o governo central não queira dialogar, o parlamento regional da Catalunha pode declarar a independência. Em resposta, Madrid diz que vai recorrer ao artigo 155 da Constituição que suspende a autonomia da região, aumentando o nível de tensão.

Perante este cenário, os investidores estão cada vez mais apreensivos. Receosos quanto ao impacto que esta situação possa ter, estão a afastar-se dos ativos de risco, nomeadamente das ações. A bolsa de Madrid está a ser a mais castigada, registando uma queda de 0,96% para 10.174 pontos, com o setor financeiro a destacar-se. Sabadell e CaixaBank registam as maiores perdas.

No resto da Europa, o cenário é idêntico, com os índices todos em terreno negativo. Lisboa abriu em alta, mas está a cair 0,24% para 5.448,11 pontos, sendo que depois de Madrid é a bolsa italiana a que apresenta a queda mais acentuada: 0,88%. O Stoxx 600, que agrega as maiores empresas da Europa, recua 0,58%.

Há pressão vendedora na praça madrilena, mas também nos juros da dívida espanhola. Numa altura em que a generalidade das obrigações dos países do euro está a subir, levando à queda das taxas, as “yields” de Espanha sobem. A taxa a cinco anos está a agravar-se em 2,2 pontos base para 0,326%, já a taxa a dez anos sobe 1,3 pontos para 1,632%. O diferencial de juros entre Portugal e Espanha está nos 68 pontos.

Apesar de ter chegado a perder valor, o euro mostra-se algo resiliente à tensão. Depois de ter chegado a cair um máximo de 0,16% durante a sessão, para 1,1768 dólares, a moeda única segue a cotar nos 1,1804 dólares.

(Notícia atualizada às 10h07 com mais informação)

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