Dijsselbloem sai do Eurogrupo, mas vai trabalhar com Regling

O ministro das Finanças holandês a prazo vai continuar a presidir ao Eurogrupo até janeiro. Contudo, já tem outro cargo à vista: Dijsselbloem vai trabalhar para o Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Quase sete meses depois, há uma solução governativa na Holanda, que deixa de fora o partido de Jeroen Dijsselbloem. O ainda ministro das Finanças holandês abandonará o cargo em breve, mas continuará a ser o presidente do Eurogrupo até janeiro. Depois disso, o polémico Dijsselbloem já tem um novo lugar à sua espera: Klaus Regling convidou-o para ser conselheiro do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

“O Mecanismo Europeu de Estabilidade nomeou Jeroen Dijsselbloem como conselheiro estratégico do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)”, anunciou em comunicado o MEE. O holandês dará início às suas novas funções após sair do Executivo holandês, mas até janeiro — enquanto for presidente do Eurogrupo — os seus serviços serão enquanto consultor externo.

Ainda assim, Dijsselbloem terá direito a um escritório e a “ajuda logística” durante o período de transição. E será remunerado pelo cargo. Contudo, segundo Regling, o contrato será realizado por um “tempo limitado”.

Jeroen Dijsselbloem tem sido uma personalidade chave tanto na política feita na zona euro como no nosso desenvolvimento do mecanismo permanente de prevenção de crises durante os últimos cinco anos“, argumentou Klaus Regling, o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Foi em março deste ano que se reforçaram as vozes críticas a Dijsselbloem. Em causa estavam as declarações feitas ao jornal Frankfurter Zeitung onde afirmou, referindo-se aos países do Sul da Europa, que “não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”. Da esquerda à direita, na Europa, o presidente do Eurogrupo foi criticado e foram várias as entidades que pediram a demissão do holandês.

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