Malparado em mínimos de quase cinco anos

Os bancos tinham em carteira 15.392 milhões de euros de crédito vencido, em julho. Trata-se de um mínimo de dezembro de 2012. O recuo deveu-se à quebra do malparado nas empresas.

O montante do crédito malparado detido pela banca nacional caiu para um novo mínimo. Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira, indicam que, no final de julho, os empréstimos de cobrança duvidosa ascendiam a 15.392 milhões de euros. Este valor é o mais baixo em quase cinco anos.

Seria necessário recuar até dezembro de 2012, para ver um nível do crédito malparado mais baixo, período em que este ascendia a 15.053 milhões de euros. O peso do malparado no total dos empréstimos também caiu, mas para mínimos de junho de 2014. Em julho deste ano, representava 8,1% face ao total de 190.041 milhões de empréstimos à economia existentes.

A maior parte da responsabilidade pela quebra do bolo total dos empréstimos de cobrança duvidosa, em julho, recai sobre as empresas. Nesse mês, os empréstimos das empresas nessa situação ascendiam a 10.533 milhões de euros. Ou seja, menos 85 milhões de euros face ao que se verificava no mês anterior. Em resultado dessa diminuição, o malparado viu o seu peso encolher para 14,04% face ao total de empréstimos às empresas. Ou seja, o nível mais baixo desde setembro de 2014.

Malparado em queda

Fonte: Bloomberg | Valores em milhões de euros

No caso dos particulares, pelo contrário, registou-se um aumento do malparado. Os empréstimos nestas circunstâncias aumentaram em 28 milhões de euros, em julho, entre as famílias, para um total de 4.859 milhões de euros. Nessa ocasião, o malparado passou a representar 4,225 do total de financiamento às famílias.

Entre os particulares, a habitação continua a apresentar o maior volume de malparado. Este segmento é responsável por 2.000 milhões de euros de empréstimos nessa situação, em linha com os 2.001 milhões que se registavam em junho. De todo o dinheiro emprestado para a compra de casa, 2,24% respeita a crédito vencido, a fasquia mais baixa desde setembro de 2013.

No consumo, o malparado ascendia a 708 milhões, acima dos 702 milhões verificados em junho. Ou seja, 5,53% de todo o financiamento concedido com esse fim. Já na categoria de outros fins, totalizava 2.051 milhões, acima dos 2.028 registados em junho. No total de crédito ao consumo, os empréstimos nessa situação pesam 56,8%.

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