Teto da dívida não cresce? Wall Street baixa

O ultimato que a Casa Branca fez ao Congresso está a preocupar os investidores. Donald Trump ameaçou paralisar o Governo se não tiver verba para construir o muro.

Um dia depois do ultimato, a administração norte-americana continua empenhada em aumentar o teto da dívida, desde que dentro desse financiamento esteja também dinheiro para a construção do prometido muro entre os EUA e o México. No briefing desta quinta-feira, a nova porta-voz de Trump reforçou a mensagem. As bolsas acabaram por se ressentir perante a incerteza de ter o país paralisado.

Este impasse levou Wall Street a registar mais um dia de quedas. O S&P 500 foi o que mais sofreu com uma queda de 0,19% para os 2.439,33 pontos. Seguiu-se o Dow Jones com uma desvalorização de 0,13% para os 21.783,26 pontos e ainda o Nasdaq com uma descida de 0,11% para os 6.271,33 pontos.

A polémica teve novos episódios esta quinta-feira. “O nosso trabalho é informar o congresso sobre o teto da dívida e o trabalho deles [congressistas] é aumentá-lo“, afirmou Sarah Sanders, a nova porta-voz da Casa Branca, num briefing. “Temos de ter a certeza que vamos pagar as nossas dívidas”, acrescentou, referindo que a administração continua “empenhada” em fazer com que o teto da dívida aumente.

Também na quarta-feira, as bolsas tinham sido penalizadas pelo ultimato de Donald Trump aos membros do Congresso. O presidente dos Estados Unidos quer ver aprovado o financiamento para a construção do muro entre os EUA e o México, tendo ameaçado com uma paralisação total do Governo.

Acresce que também esta quinta-feira Donald Trump decidiu atacar os republicanos, cujo apoio necessita, por não terem seguido o seu conselho de aprovar o aumento do teto de dívida. O prazo de semana pode ser curto para que o atual presidente dos Estados Unidos consiga um acordo no Congresso.

Contudo, esta sexta-feira as atenções dos investidores vão estar em Jackson Hole. Janet Yellen e Mario Draghi vão falar no encontro dos bancos centrais. Em causa estará a retirada dos estímulos na economia de ambos os lados do Atlântico. Ainda assim, segundo a Bloomberg, os investidores não preveem que existam grandes novidades relativas à política monetária dos próximos meses.

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