Ela (só) quer comprar o Twitter. E depois expulsar Trump

Não é clickbait. É uma campanha de angariação de fundos que pede mil milhões de dólares para... comprar o Twitter. Foi criada por uma ex-agente secreta da CIA. E o objetivo? Expulsar Donald Trump.

É um caso insólito. Uma ex-agente da CIA está a pedir mil milhões de dólares para comprar o Twitter. O objetivo é expulsar o Presidente Donald Trump da rede social dos 140 carateres.

A protagonista é Valerie Plame Wilson, ex-agente secreta da CIA, que abandonou a entidade em 2005. Plame Wilson decidiu lançar a campanha de crowdfunding na plataforma GoFundMe, pedindo mil milhões de dólares para adquirir a empresa norte-americana. Numa mensagem na rede social, justificou: “Se os executivos do Twitter não calam a violência e o ódio de Trump, então teremos de ser nós. #BuyTwitter #BanTrump”, escreveu.

Os polémicos tweets do Presidente, que usa a rede social para se defender de ataques e atacar adversários, dão muitas vezes origem a escândalos e celeuma. Ao mesmo tempo, o Twitter tem vindo a apertar as medidas de combate ao discurso de ódio na rede social, havendo quem defenda que a atitude de Trump não se enquadra na política de utilização da plataforma. É o caso de Plame Wilson que, segundo a Associated Press, defende que os tweets de Trump “prejudicam o país e colocam pessoas em perigo”.

A campanha de angariação de fundos ainda só conseguiu 35.036 dólares dos mil milhões pedidos. Era o montante inscrito na página da plataforma à hora de publicação deste artigo, esta quinta-feira de manhã, proveniente de 1.070 pessoas que aceitaram fazer parte da campanha. Num comunicado citado pela agência, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que o baixo montante angariado mostra que os norte-americanos gostam que o Presidente use o Twitter.

É provável que a verdadeira intenção de Plame Wilson seja apenas a de sensibilizar o público para o tema. E isso já conseguiu: a campanha foi viral. No entanto, ainda que a ex-agente da CIA conseguisse juntar os mil milhões e dólares, teria de juntar pelo menos mais cinco mil milhões de dólares só para que conseguisse garantir uma participação de controlo na empresa responsável pela rede social. Mil milhões dariam, ainda assim, uma posição confortável para exercer influência. Contactado pela agência, o Twitter preferiu não comentar o caso.

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