Wall Street termina no vermelho. Receios dominam mercado

  • Rita Atalaia
  • 17 Agosto 2017

As bolsas norte-americanas não resistiram aos receios em torno das decisões de Donald Trump. Isto depois de o Presidente dos EUA ter dissolvido dois conselhos industriais. O Nasdaq perdeu quase 2%.

As principais bolsas norte-americanas não resistiram aos receios dos investidores em torno da capacidade de Donald Trump de implementar políticas que promovam o crescimento. Isto depois de o Presidente dos EUA ter decidido dissolver dois conselhos industriais. Uma decisão tomada após sete empresários se terem afastado do Conselho Industrial da Casa Branca devido ao tempo que Trump demorou a condenar, de forma ambígua, os manifestantes de extrema-direita que saíram à rua em Charlottesville este fim de semana. Wall Street terminou no vermelho, com perdas de quase 2%.

O Nasdaq caiu 1,94%, para os 6.321,91 pontos, enquanto o índice S&P 500 recuou 1,54% para os 2.430,01 pontos. O Dow Jones também foi contagiado pelos receios dos investidores, caindo 1,24%, para os 21.750,14 pontos.

“Penso que [a decisão do Presidente dos EUA de dissolver os dois conselhos industriais] cria receios. Temos agora de questionar se a Administração será capaz de implementar qualquer tipo de política”, refere Bob Phillips, da Spectrum Management Group, à Reuters.

“Penso que [a decisão do Presidente dos EUA de dissolver os dois conselhos industriais] cria receios. Temos agora de questionar se a Administração será capaz de implementar qualquer tipo de política.”

Bob Phillips

Spectrum Management Group

Mas os investidores não estiveram apenas focados nas decisões de Donald Trump. Há cada vez mais receios em torno dos preços nos EUA. Os investidores temem que a inflação fraca possa levar a Reserva Federal dos EUA a ter de abrandar o processo de normalização da política monetária.

Na quarta-feira, as minutas da reunião de julho mostraram que os membros do banco central liderado por Janet Yellen também debateram em detalhe a evolução da inflação nos EUA, um dos indicadores analisados na hora de tomar decisões sobre política monetária.

As minutas mostram que a maioria dos responsáveis mantém a previsão de que os preços vão subir gradualmente para o alvo de 2% no médio prazo. No entanto, “muitos” consideram que há alguma “probabilidade de a inflação continuar abaixo” deste patamar durante mais tempo do que previsto.

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