EDP não mexe no preço da OPA à Renováveis de 6,75 euros

A elétrica enviou um comunicado à CMVM onde confirma os 6,75 euros por ação oferecidos na oferta pública de aquisição sobre a EDP Renováveis.

A EDP não vai mexer no preço oferecido na oferta pública de aquisição sobre a sua participada EDP Renováveis. Em comunicado divulgado no site da CMVM, a empresa liderada por António Mexia reitera o preço inicialmente oferecido de 6,75 euros por ação, um anúncio que surge depois de um dos acionistas minoritários da EDP Renováveis ter dito que o preço oferecido é insuficiente.

“Na sequência de algumas questões levantadas no âmbito da Oferta Pública Voluntária registada no dia 5 de Julho de 2017 sobre a totalidade das ações representativas do capital social da EDP Renováveis, a EDP vem por este meio comunicar que o preço da Oferta não será objeto de revisão e se manterá, por conseguinte, nos 6,75 euros por ação”, diz a elétrica no comunicado enviado ao regulador.

Este esclarecimento da EDP surge apesar de o prazo para uma eventual revisão do preço oferecido na OPA apenas terminar na próxima quinta-feira. Mas acontece também depois de a Massachusetts Financial Services (MFS), acionista minoritária da EDP Renováveis ter-se mostrado indisponível para aceitar a contrapartida oferecida pela empresa liderada por António Mexia.

“A MFS não pretende aceitar a oferta sobre as nossas ações na EDP Renováveis ao preço de 6,75 euros nas circunstâncias atuais. Instamos os outros acionistas minoritários a analisar nossa análise na carta aberta da MFS e nesta declaração de posição quando fizerem a sua avaliação sobre os méritos da oferta pública”, dizia aquele acionista minoritário num statement datado de 21 de julho (passada sexta-feira) a que o ECO teve acesso.

A MFS detém 4,08% da EDP Renováveis e 18,3% do total do capital alvo da oferta por parte da EDP. Ou seja, com esta rejeição, ficam por cumprir os dois critérios determinantes para a retirada da subsidiária da bolsa: superar 90% dos direitos de votos da sua subsidiária e, simultaneamente, comprar 90% dos direitos de voto que estão no objeto da oferta.

No final da operação, a EDP vai ter de assumir uma participação de 97,5% da EDP Renováveis se quiser retirá-la da bolsa. Um cenário que se perspetiva como impossível com a posição demonstrada pela MFS.

(Notícia atualizada às 17h30 com mais informação)

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