Portugal já pagou mais 1.700 milhões ao FMI

Portugal voltou a reembolsar antecipadamente o empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em julho, o país devolveu mais 1.700 milhões de euros ao Fundo, de acordo com o IGCP.

Portugal voltou a reembolsar antecipadamente o empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em julho, o país devolveu mais 1.700 milhões de euros ao Fundo, de acordo com o IGCP. Isto depois de em junho ter efetuado um pagamento de 1.000 milhões de euros.

Segundo o boletim mensal do mês de julho, “o IGCP concretizou em junho e julho dois reembolsos antecipados do empréstimo FMI no montante de SDR 810 milhões e SDR 1.447 milhões, respetivamente, elevando a percentagem paga para 60% do empréstimo total inicial do FMI“.

O ECO contactou o IGCP que confirmou o novo reembolso efetuado a 14 de julho. Dado que foram amortizados 1.447 milhões em SDR (direitos especiais de saque, o instrumento monetário internacional criado pelo FMI) e que nesse dia a taxa de câmbio com o euro era de 1,21811, o valor reembolsado ao FMI foi de 1.762 milhões de euros.

“Estes reembolsos correspondem a amortizações de capital que originalmente eram devidas entre junho de 2019 e março de 2020”, informa ainda a agência que gere a dívida pública.

Contas feitas, de acordo com o previsto pelo Governo, o IGCP deverá proceder a novo reembolso antecipado de cerca de 850 milhões de euros até final do próximo mês, no sentido de completar o objetivo de devolver um montante global de 2.600 milhões entre julho e agosto.

Portugal tem vindo a reembolsar mais rapidamente do que o previsto os empréstimos obtidos juntos do FMI na altura do resgate, numa estratégia que visa trocar os juros elevados cobrados pelo fundo liderado por Christine Lagarde pelas melhores condições de financiamento que tem encontrado nos mercados financeiros.

No leilão de obrigações com maturidade a 28 anos realizado a 12 de julho, o Tesouro português colocou 315 milhões de euros a um juro abaixo de 4%, alcançando uma taxa inferior à que paga atualmente pelo empréstimo do FMI.

(Notícia atualizada às 19h)

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