BCP coloca Lisboa em contramão com Europa

O BCP dá, o BCP tira. Pelo segundo dia, o desempenho da bolsa nacional voltou a ser influenciado sobretudo pelas ações do banco português. Olhos postos na reunião do BCE nesta quinta-feira.

Lisboa voltou a divergir do comportamento europeu, mas desta vez em prejuízo da bolsa nacional. Se as principais bolsas apresentaram-se com algum apetite comprador, o PSI-20 mostrou investidores um pouco menos interessados pelo risco. E isto antes da decisiva conferência de imprensa de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que esta quinta-feira deverá desvendar mais alguma ponta do plano de retirada dos estímulos.

O PSI-20, o principal índice português, encerrou a cair 0,11% para 5.302,36 pontos. E voltou a ser o BCP a determinar o rumo dos acontecimentos na praça portuguesa. Se ontem a sua valorização ajudou o benchmark a subir, as ações do banco caíram 1,91% para 0,2462 euros e o índice também caiu.

A tendência de queda foi acentuada com o desempenho da Jerónimo Martins, outro dos pesos pesados da bolsa nacional. A retalhista dona do Pingo Doce viu os seus títulos cederem 0,51% para 17,63 euros. No total, seis cotadas encerraram abaixo da linha de água com a principal queda a pertencer à Corticeira Amorim — as ações da produtora de rolhas de cortiça recuaram mais de 2%.

Pela positiva, destaque para o setor energético, onde EDP, EDP Renováveis e Galp ganharam 0,57%, 0,09% e 1,18%, respetivamente.

Também a Nos somou 0,8% antes de dar início à temporada de resultados em Lisboa. Os analistas esperam um aumento das receitas para 384 milhões de euros e do resultado líquido para 32,5 milhões de euros, num contexto em que a sua principal rival Meo se encontra sob pressão pública com os comentários do primeiro-ministro António Costa acerca da reestruturação que a Altice está a implementar na PT Portugal, dona da Meo.

Lá por fora, dia de ganhos moderados. Entre os principais índices, o Cac-40 de Paris somou 0,83% e foi um dos destaques do dia. Em Frankfurt, o Dax-30 ganhou 0,13%.

“Os mercados europeus terminaram em terreno positivo, numa sessão marcada principalmente pela reação aos indicadores económicos publicados. O setor tecnológico liderou os ganhos, consolidando assim o seu forte momentum desde o início do ano”, referem os analistas do BPI no seu Comentário de Fecho.

(Notícia atualizada às 16h55)

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