Qstamp. Este sensor mede temperatura e humidade dos produtos

  • Lusa
  • 13 Julho 2017

Startup do Porto está a desenvolver embalagens inteligentes capazes de captar e transmitir informação através de nanossensores incorporados na superfície.

Uma ‘startup’ do Porto está a desenvolver embalagens inteligentes capazes de captar e transmitir informação através de nanossensores incorporados na superfície, que monitorizam a temperatura, a pressão e a humidade dos produtos.

Com esta tecnologia, designada Qstamp, é possível fornecer dados aos produtores e aos retalhistas, ao longo de toda a cadeia de distribuição, desde a produção até à prateleira de venda, disse à Lusa Tiago Cunha Reis, um dos fundadores da ‘startup’ (empresa de base tecnológica em fase de desenvolvimento) Mater Dynamics, responsável pelo desenvolvimento deste produto.

O objetivo é facilitar a gestão de operações num mercado global e o acesso a índices de qualidade dos produtos, em qualquer instante ou lugar, indicou, acrescentando que a tecnologia tem sido desenvolvida e atualizada com base nas necessidades dos retalhistas e produtores do setor alimentar.

De acordo com o fundador, os nanossensores desenvolvidos não necessitam de nenhuma fonte de energia acoplada, transmitindo a informação por via de rede sem fios (‘wireless’) para plataformas comuns, como ‘smartphones’ e computadores.

“Sabemos que a longo prazo os consumidores poderão usar esta mesma tecnologia nos seus frigoríficos e dispensas”, disse ainda o empreendedor, afirmando que a equipa está “focada em contribuir para a redução do desperdício alimentar, desde a produção até ao caixote de lixo que temos em casa”.

Tiago Cunha Reis contou ainda que a ‘startup’ tem sido abordada por outros setores para além do retalho alimentar, nomeadamente para aplicações na indústria farmacêutica, veterinária e automóvel.

O primeiro protótipo foi desenvolvido no final de 2015, estando neste momento o produto a ser testado e comercializado em Portugal, em Espanha e no Reino Unido.

Uma segunda versão, “mais simples” e “transversal a várias oportunidades de negócio”, será apresentada em outubro deste ano. Para além de Tiago Cunha Reis, a ‘startup’ foi fundada por Ana Machado, contando com mais seis elementos, com formações desde a química à eletrónica.

A Mater Dynamics foi um dos três projetos selecionados no concurso ClimateLaunchpad, uma iniciativa da União Europeia que, em Portugal, é coordenada pelo Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) e pela Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI).

A final internacional do ClimateLaunchpad, programa que apoia ideias inovadoras com vista à redução do impacto ambiental, em mais de 35 países, ocorrerá no Chipre, entre 17 e 18 de outubro. A ‘startup’ é também apoiada pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e está também a contratar.

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