Rússia prolonga queda do petróleo abaixo dos 50 dólares

Russos não querem agravar a redução da produção de barris, como propõe a OPEP. Cotações do ouro negro reforçam queda abaixo dos 50 dólares por barril.

O petróleo reforça as quedas abaixo dos 50 dólares por barril depois de a Rússia ter dito que se opõe a qualquer proposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para agravar os cortes na produção. O urso continua a atacar o mercado petrolífero.

Em Londres, o contrato Brent, que é referência para as importações nacionais, cede 1,39% para 48,92 dólares por barril. E isto depois de um aumento de 11% nas últimas oito sessões, o que corresponde ao melhor desempenho desde 2012. Também o contrato WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 1,49% para 46,37 dólares.

As autoridades russas disseram que querem manter o atual acordo estabelecido no final de novembro com a OPEP, mas considera que qualquer corte adicional na produção representará uma mensagem errada que será transmitida aos mercados. E, nesse sentido, opõem-se a qualquer agravamento na redução da produção.

Embora os preços tenham recuperado na última semana, o petróleo continua em bear market devido aos receios de que o aumento da produção global desta matéria-prima se sobreponha ao impacto dos cortes na produção promovidos pela OPEP e outros parceiros.

“O ambiente neste momento não é propício para os preços prolongarem o rally”, referiu Daniel Haynes, analista da Australia & New Zealand Banking Group. “As dinâmicas da oferta estão contra o mercado. Estaremos um pouco num período de esperar para ver para avaliar o impacto do petróleo abaixo dos 50 dólares”, acrescentou o especialista.

"O ambiente neste momento não é propício para os preços prolongarem o rally. As dinâmicas da oferta estão contra o mercado. Estaremos um pouco num período de esperar para ver para avaliar o impacto do petróleo abaixo dos 50 dólares.”

Daniel Haynes

Australia & New Zealand Banking Group

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