Impresa avança mais de 10% com possível negócio Altice/Media Capital

O grupo Impresa disparou 10,55% na bolsa de Lisboa esta segunda-feira, com o anúncio do interesse da Altice na compra da Media Capital. Dona da TVI também valoriza. Tal como a Cofina.

As ações do grupo Impresa IPR 0,00% avançaram 10,55% para 44 cêntimos na sessão desta segunda-feira, uma escalada à boleia da confirmação oficial do interesse da Altice na compra da Media Capital. O comunicado foi enviado aos mercados a pedido do regulador e foi publicado ao início da madrugada de segunda-feira, confirmando os rumores que já apontavam nesse sentido. Só esta segunda-feira foram transacionados quase dois milhões de títulos da Impresa, acima da média de 471,5 mil unidades negociadas por sessão nos últimos doze meses.

O grupo Impresa detém a SIC e é concorrente direta da TVI, detida pelo grupo que a Altice, dona da Meo, quer comprar. Por que valorizaram então as ações da Impresa? Como o ECO já aqui explicou, uma compra desta natureza poderá ser disruptiva para os setores das telecomunicações e media em Portugal. É por este motivo que os acionistas do grupo Media Capital não são os únicos beneficiários diretos da chamada “guerra das televisões”.

A Media Capital MCP 0,00% , por sua vez, fechou a subir 3,67% para 3,11 euros, com quase 3.000 títulos transacionados, praticamente duplicando a liquidez média das ações da empresa ao longo dos últimos meses.

Mas há ainda uma terceira beneficiária na bolsa com esta notícia: é do mesmo setor e é a Cofina CFN 0,00% , dona de várias publicações, mas também da CMTV. Com mais de 137.000 títulos transacionados, os títulos do grupo do Correio da Manhã avançavam 1,27% para 40 cêntimos à hora de fecho.

A Altice detém a operadora Meo em Portugal, através da PT Portugal. Concorre diretamente com a Nos, de Miguel Almeida, que é cotada no PSI-20, o principal índice nacional. Também esta registava ganhos na bolsa, mas menos expressivos: os títulos da Nos NOS 0,00% subiam 0,67% para 5,54 euros. Nota para o desempenho positivo ao longo das últimas sessões, já que a empresa não vê perdas há sete sessões consecutivas.

O mercado está assim a reagir à possibilidade de a Nos avançar para uma tentativa de compra da dona da SIC caso a concorrente Meo seja bem-sucedida na aquisição da Media Capital aos espanhóis da Prisa. Aqui, as opiniões dividem-se, com o BPI a antecipar uma disrupção no setor, e o Haitong a indicar que a Altice enfrentará barreiras ao nível do regulador da concorrência neste negócio.

Cotação das ações da Impresa na bolsa de Lisboa

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