5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Do futuro da Europa aos dados económicos em Portugal, são vários os motivos de atenção por parte dos investidores. Nos EUA, os holofotes estão virados para os testes de stress à banca feitos pela Fed.

 

Na Europa, é dia de se discutir o futuro, com o Brexit a ser a grande incógnita. Em Portugal há vários indicadores a ter em conta, assim como do outro lado do Atlântico. Nos EUA, o foco está nos dados do desemprego, mas principalmente nos testes de stress que a Reserva Federal fez à banca.

Futuro da UE em cima da mesa

No final da semana, Bruxelas acolhe a conferência que marca um novo início para a União Europeia, após a saída do Reino Unido. Os líderes europeus reúnem-se esta quinta e sexta-feira para discutirem a relocalização das agências europeias — entre elas a do medicamento, disputada por Lisboa e Porto — assim como as problemáticas da segurança e defesa, migração e emprego. A necessidade de reformas na Zona Euro é salientada por Angela Merkel e Macron. Os recentes atentados e a vitória (ainda que aquém do esperado) de Theresa May no Reino Unido, imagem do “hard-Brexit”, reforçam a urgência de uma reorganização para a estabilidade.

Há stress na banca dos EUA?

A Reserva Federal norte-americana vai estar em foco. É que o banco central vai apresentar esta quinta-feira à noite os resultados da primeira parte dos seus testes de stress anuais à banca. Nestes testes, vai ficar-se a saber quão preparados estão os bancos da maior economia do mundo para fazerem face a eventos extremos. O setor estará, por isso, sob os holofotes dos investidores.

Quantos empregos cria a maior economia do mundo?

Os dados do emprego são um bom indicador da saúde da economia dos EUA. O número dos pedidos de subsídio de desemprego será revelado esta quinta-feira. No início do mês, a taxa de desemprego atingiu um mínimo de 16 anos, recuando para os 4,3%, mas até agora, os números do emprego têm desiludido: estão a crescer mas aquém do esperado.

Banco de Portugal faz o check-up ao país

O Banco de Portugal irá lançar vários documentos com dados da economia portuguesa relativos ao primeiro trimestre e aos últimos meses, com destaque para as estatísticas do sistema bancário e instituições financeiras monetárias, os indicadores de atividade económica e dados da população, emprego e salários. Serão desta forma escrutinados dados relativos a assuntos na ordem do dia como o malparado, o grande problema ainda sem solução, o excedente comercial que tem vindo a piorar, e numa nota mais positiva o desemprego, que em maio registou mínimos de mais de oito anos.

Juros da casa. Para onde vão?

O INE vai revelar as taxas de juro implícitas no crédito à habitação referentes ao mês de maio. Junho foi o primeiro mês dos últimos três anos em que o crédito com Euribor a três meses se manteve — até aqui, só tem vindo a baixar. E a possível inversão no ciclo, ou seja, a subida das taxas de juro, tem vindo a preocupar o governador do Banco de Portugal, que alertou recentemente para as consequências negativas que um aumento poderá ter no endividamento dos particulares. “Uma eventual subida das taxas de juro de mercado, mesmo que gradual, poderá condicionar a capacidade de serviço da dívida” por parte dos devedores, o que poderá afetar “a qualidade de crédito das instituições financeiras nacionais” referiu Carlos Costa.

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