Wall Street passa ao lado das eleições britânicas

Impacto da surpresa das eleições no Reino Unido limitado nas bolsas norte-americanas. Investidores avaliam capacidade de Trump para avançar com reforma fiscal depois do testemunho de Comey.

Do outro lado do Atlântico, o impacto da surpresa das eleições britânicas, que retiraram a maioria absoluta a Theresa May, foi limitado na abertura das bolsas. Wall Street abriu a última sessão da semana em alta ligeira, com os investidores mais atentos aos resultados do testemunho do antigo diretor do FBI acerca da sua demissão por Donald Trump.

Tanto o Dow Jones como o S&P 500 abriram em alta de 0,21% e 0,14%, respetivamente. O tecnológico Nasdaq segue em terreno negativo: perde ligeiros 0,02%.

Os resultados das eleições desta quinta-feira no Reino Unido retiraram a maioria absoluta à primeira ministra Theresa May, fragilizando a sua posição nas negociações a propósito do Brexit que se iniciam nas próximas semanas. May adiantou que deverá formar governo com os unionistas do Norte da Irlanda para assegurar estabilidade política.

“As eleições do Reino Unido é um acontecimento do Reino Unido e não há impacto económico direto disso na economia norte-americana”, referiu Steve Blitz, economista da TS Lombard, à Reuters.

“Os investidores estão mais preocupados com Trump e com a perceção do que poderá ou não ver aprovado em termos legislativos no que toca à reforma fiscal. A última coisa que os republicanos querem fazer é caminhar para uma eleição a meio do mandato sem qualquer grandes realizações legislativas”, acrescentou.

No seu testemunho no congresso norte-americano, o antigo diretor do FMI, James Comey, relevou que foi demitido por Trump por causa das investigações à ligação entre o Presidente e a Rússia. Comey disse ainda que, apesar de saber que as eleições norte-americanas tiveram interferência dos russos, a votação não foi alterada.

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