Wall Street fecha em terreno positivo, mas mesmo à justa

Testemunho de James Comey no Senado e as revelações de que foi afastado para não investigar a alegada intervenção da Rússia nas eleições presidenciais deixou os mercados nervosos e altamente voláteis.

Wall Street teve um dia marcado pela volatilidade. A audição do ex-diretor do FBI, James Comey, no Senado, parece ter deixado os mercados desconfortáveis. A minutos de fechar, os índices estavam todos no vermelho, mas numa recuperação de última hora acabaram por encerrar em terreno positivo, mas muito próximos da linha de água.

O S&P500 fechou a ganhar 0,03%, fixando-se nos 2.433,79. Já o tecnológico Nasdaq terminou a sessão nos 6.321,77 pontos, o que representa uma subida de 0,39%, sendo o índice que acabou por registar o melhor desempenho. E o industrial Dow Jones acabou o dia nos 21.182,53 pontos, ganhando 0,04%.

A revelação de Comey de que o Presidente Donald Trump o afastou da direção do FBI para prejudicar uma investigação ao envolvimento da Rússia nas eleições presidenciais de novembro, levou os mercados a acreditar que esta crise não vai passar com a rapidez que desejariam para que a Administração Trump se concentre na agenda que ditou a sua eleição — redução de impostos e flexibilização das regulamentações. Foi a expectativa de que essa agenda seria posta em marcha que levou os índices bolsistas norte-americanos a registar valores recorde.

Comey foi ouvido no Senado pela primeira vez desde que foi afastado a 9 de maio e seguido com grande atenção pelos mercados.

As yields das Obrigações do Tesouro norte-americano a dez anos subiram 2,2% e o petróleo recuperou de mínimos de um mês — com a cotação do barril em Nova Iorque a oscilar em torno dos 45,5 dólares por barril — depois de um aumento inesperado nos inventários lançar dúvidas sobre a capacidade da OPEP reequilibra o mercado do ouro negro.

O desempenho dos mercados ficou ainda marcado esta quinta-feira pelas eleições no Reino Unido, cujas urnas estão abertas até às 22h00, mas também pelo discurso do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que sublinhou que a evolução da inflação permanece tépida e por isso pediu paciência a quem pede um fim mais acelerado dos estímulos do banco central, numa referência aos apelos, por exemplo, de vários responsáveis alemães. O euro acabou por desvalorizar face ao dólar.

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