Montepio. Prospeto para passar para ações já está na CMVM

O Montepio está prestes a passar a ser uma sociedade anónima. Em vez de unidades de participação vai passar a ter ações cotadas na bolsa. A CMVM já está a analisar o prospeto, sabe o ECO.

Carlos Costa começou por recomendar a alteração societária, mas acabou por impô-la. O Montepio vai mesmo passar a sociedade anónima, alteração que levará as unidades de participação a passarem a ações no mercado de capitais português. O processo já corre na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O regulador do mercado de capitais português recebeu no início desta semana o prospeto que consagra a alteração, apurou o ECO. O documento vai ser agora analisado pela entidade liderada por Gabriela Figueiredo Dias. Não foi possível obter qualquer comentário sobre este processo junto da CMVM.

O processo de conversão das unidades de participação em ações vai decorrer ao mesmo tempo que se transforma o banco liderado por Félix Morgado numa sociedade anónima — tem de ser feita a alteração do registo comercial da entidade. Esta alteração, imposta pelo Banco de Portugal, é vital para a entrada de um novo acionista no capital da instituição.

O Montepio tem brilhado em bolsa. Na última semana, as unidades de participação dispararam 55%, chegando a um máximo quase desde a estreia no mercado de capitais de 95 cêntimos — os títulos foram vendidos a um euro, cada –, sendo que parte da escalada está associada à expectativa quanto à entrada de um investidor que permita dar um novo fôlego ao banco.

No seu comentário na SIC, Marques Mendes revela que “é muito provável que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entre no capital do Montepio”, não da Associação Mutualista, mas do banco Caixa Económica Montepio Geral.

O comentador afirma que, a acontecer este cenário, “a participação poderá chegar a 10%”, acrescentando que, ao longo desta semana, Pedro Santana Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, deverá ter uma reunião com Manuel Lemos, o Presidente da União das Misericórdias, no sentido de aferir a possibilidade de outras instituições de cariz social poderem também entrar no capital do banco.

O Público já tinha noticiado que os responsáveis da Santa Casa de Lisboa e do Montepio estiveram reunidos com o Banco de Portugal para discutirem os termos de uma parceria. O Expresso noticiou ainda que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, estará a pressionar Pedro Santana Lopes para que este dê luz verde à entrada da instituição no capital do Montepio Geral.

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