Governo italiano salva companhia aérea por 600 milhões de euros

O Executivo italiano reuniu de emergência e decidiu dar uma ajuda financeira a uma das principais companhias aéreas do país. Esta é uma solução a curto prazo.

O Governo italiano vai emprestar 600 milhões de euros à Alitalia, companhia aérea que desencadeou esta terça-feira um processo formal de falência. A informação foi avançada pelo ministro do Desenvolvimento Económico, Carlo Calenda, após uma reunião governamental curta e de urgência, revela a Bloomberg. O primeiro-ministro Paolo Gentiloni afirmou que o Governo “decidiu assegurar a continuidade” da empresa.

Este empréstimo é um bridge loan, ou seja, é um empréstimo de curta duração até que a empresa consiga ser financeiramente saudável outra vez. O Governo de Itália irá emprestar 600 milhões de euros pelo menos durante seis meses, segundo a Bloomberg, permitindo assim a continuação da operação da companhia aérea. Esta medida por parte de Paolo Gentiloni foi sendo antecipada ao longo do dia, ao abrigo da lei italiana.

Contudo, anteriormente, o Governo italiano tinha descartado a hipótese de canalizar mais dinheiro para recapitalizar a companhia. Citado pela agência, o ministro das Finanças, Pier Carlo Padoan, lembrou que a Alitalia é “uma empresa privada”, à responsabilidade dos acionistas e administradores. Com este empréstimo — o “máximo” possível, avisou Calenda — a empresa deverá ser vendida num futuro breve, mas não se exclui a hipótese de ser liquidada.

O Governo passa ainda a ter o direito de nomear três administradores para gerir a companhia aérea. A sua missão será afastar um cenário de nacionalização, elaborando um plano de negócios viável, durante os próximos seis meses, para que a empresa se salve da bancarrota e se torne atrativa para potenciais compradores.

A falência foi desencadeada esta terça-feira depois de os trabalhadores terem rejeitado os fundamentos de um plano de recapitalização de dois mil milhões de euros com o objetivo de salvar a empresa, que atravessa “uma séria situação económica e financeira”. Os acionistas aceitaram, por unanimidade, colocar a empresa sob administração especial, reconhecendo a impossibilidade de encontrarem alternativas.

A empresa chegou a liderar o mercado italiano, mas neste momento a principal companhia aérea é a Ryanair.

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