“Problema gravíssimo de tesouraria” leva AIMinho a avançar com PER

  • ECO e Lusa
  • 27 Março 2017

A Associação Industrial do Minho culpa o Estado pela sua situação financeira. Em abril, vai avançar com um ação contra o Estado, exigindo o pagamento de uma dívida de milhões.

O Novo Banco, juntamente com outros credores, pediu, em tribunal, a insolvência da Associação Industrial do Minho (AIMinho), por falta de pagamento de créditos. Para evitar a insolvência, a AIMinho entregou um Processo Especial de Revitalização (PER) no Tribunal de Comércio de Famalicão, com o objetivo de renegociar as taxas de juro e os prazos de pagamento das dívidas ao setor financeiro.

A notícia é avançada, esta segunda-feira, pelo Jornal de Notícias (acesso pago), que dá conta de que as dívidas aos bancos, onde se incluem a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco, ascendem a “vários milhões de euros”, não especificando o montante exato.

António Marques, presidente da AIMinhoAlexandre Ribeiro / Lusa

A AIMinho, por seu lado, culpa o Estado pela sua situação financeira, mas está convicta de que será encontrada uma solução “a curtíssimo prazo”.

"A AIMinho tem, neste momento, um problema gravíssimo de tesouraria, que resulta do desfasamento entre aquilo que temos de pagar e aquilo que não nos pagam.”

António Marques

Presidente da AIMinho

“A AIMinho tem, neste momento, um problema gravíssimo de tesouraria, que resulta do desfasamento entre aquilo que temos de pagar e aquilo que não nos pagam”, explicou à Lusa o presidente da associação, escusando-se a revelar o valor da alegada dívida por parte do Estado. “É robusta”, diz apenas.

Por isso mesmo, a AIMinho vai avançar com uma ação contra o Estado, na primeira quinzena de abril, exigindo o pagamento de uma dívida que ascenderá a milhões de euros. Assim, os problemas financeiros resolver-se-ão muito em breve, “quando as coisas forem normalizadas com o Estado”, acredita António Marques.

O responsável acrescenta ainda que a associação tem “um património que responde por toda a atividade da AIMinho”, sublinhando que só os centros empresariais de Braga e de Viana do Castelo poderão valer cinco milhões de euros.

O pedido de PER terá sido entregue na semana passada. Uma pesquisa no portal Citius permite apurar que, a 23 de março, Nuno Carlos Lamas de Albuquerque foi nomeado administrador judicial provisório do PER. A partir desta data, os credores da AIMinho têm 20 dias para reclamar os créditos concedidos.

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