Petróleo em queda. Produção aumenta nos EUA

  • Rita Atalaia
  • 20 Março 2017

Os EUA continuam a remar contra a maré da OPEP e a revelar números que mostram um aumento da produção de petróleo, num mercado já inundado. As cotações estão, por isso, novamente em queda.

Os EUA continuam a contrariar os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção de petróleo. A Baker Hughes revelou um aumento do número de plataformas petrolíferas a operar nos EUA, o que se traduz num aumento da produção da matéria-prima. E estas dados estão a refletir-se nas cotações do petróleo, que voltam a recuar.

O preço do barril de referência para a Europa, o Brent, está a cair 0,23% para os 51,65 dólares, depois de ter superado a barreira dos 55 dólares no seguimento do acordo da OPEP para reduzir a produção do “ouro negro”. Já o West Texas Intermediate (WTI) cai 0,59% para 48,49 dólares.

Os esforços da OPEP continuam a ser ofuscados pelos EUA. O país está a aumentar a produção, como se pode ver a partir dos dados revelados pela Baker Hughes. A empresa norte-americana diz que o número de plataformas petrolíferas a operar nos EUA voltou a aumentar pelo décimo mês consecutivo. De acordo com a Bloomberg, o ministro da Energia saudita já veio dizer que a Arábia Saudita está preparada para prolongar o corte da produção se a oferta ficar acima da média de cinco anos.

O ministro da Energia russo, Alexander Novak, disse também que a OPEP e os parceiros do cartel vão decidir no final de abril ou em meados de maio se continuam a limitar a produção da matéria-prima.

“Um dos principais catalisadores será a especulação em torno da possibilidade de a OPEP prolongar o acordo para o corte da produção“, diz Ric Spooner, responsável pela análise de mercado da CMC Markets, à Bloomberg. “É um fator significativo para os mercados e, se o acordo não for prolongado, pode ser um acontecimento bastante negativo”, acrescenta. Na semana passada, o petróleo negociou abaixo dos 50 dólares por barril, perto do valor mais baixo desde novembro, arrastado pelo aumento das reservas de energia nos EUA.

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