Lisboa pela 1ª vez em relatório global sobre startups

Chama-se The Global Startup Ecosystem Report e é um dos principais relatórios anuais sobre a área do empreendedorismo. A capital portuguesa está no radar este ano e, pela primeira vez.

A plataforma da Câmara Municipal de Lisboa que serve para promover o empreendedorismo, a Made of Lisboa, divulgou esta terça-feira que a capital portuguesa faz, pela primeira vez, parte do relatório mundial deste ano sobre o ecossistema das startups. Apesar de continuar fora do top 20 das principais cidades, o projeto Genome dedica duas páginas do relatório à situação lisboeta, fazendo um raio-x às principais suas características.

O Startup Genome é um projeto da comunidade empreendedora para analisar o ecossistema global de startups. O objetivo é impulsionar o movimento a nível mundial e, para isso, divulgam anualmente um relatório de São Francisco (EUA) para o mundo: este ano decidiram, de forma inédita, que Lisboa faria parte do extenso trabalho. Em apenas duas páginas, o Startup Genome reúne dados sobre Lisboa, tendo contactado com a incubadora Startup Lisboa, a Câmara e a aceleradora Beta-i.

Raio-X do relatório de 2017 do Startup Genome à realidade do empreendedorismo lisboeta.

Um dos dados curiosos é que a taxa de fundação de startups por mulheres é superior à média global: 17% contra 16%. Contudo, Lisboa tem menos fundadores imigrantes: 15% face à média mundial de 19%. Quanto ao público-alvo das startups lisboetas, os consumidores estrangeiros representam 34% do total, acima dos 23% de média global.

Uma das observações feitas pela plataforma Made of Lisboa é que um ecossistema empreendedor precisa de 10 ou mais anos para se desenvolver por causa da atração de investimento que se pretende ter. Segundo o relatório, o crescimento em Lisboa tem sido exponencial, também graças às startups que se moveram de um local para outro (Lisboa está em 2º no destino dentro da Europa). “O nosso ecossistema empreendedor é muito jovem mas estamos preparados para um crescimento global. Asseguro que iremos trabalhar na direção correta”, garantiu Duarte Cordeiro, vice-presidente do município, ao Genome Project.

Apesar de Lisboa passar a estar no radar — como tem vindo a ser notório pela chegada do Web Summit –, a capital está fora do top 20 dos melhores ecossistemas para quem quer fundar uma startup. Essa lista continua a ser dominada por Silicon Valley e Nova Iorque (EUA), seguidas de Londres, Beijing e Boston. Além de Londres, apenas se destacam as cidades europeias de Berlim (7º lugar), Paris (11º lugar), Estocolmo (14º lugar) e Amesterdão (19º lugar). Eis a lista completa:

  1. Silicon Valley
  2. Nova Iorque
  3. Londres
  4. Beijing
  5. Boston
  6. Tel Aviv
  7. Berlim
  8. Shanghai
  9. Los Angeles
  10. Seattle
  11. Paris
  12. Singapura
  13. Austin
  14. Estocolmo
  15. Vancouver
  16. Toronto
  17. Sydney
  18. Chicago
  19. Amesterdão
  20. Bangalore

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