5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O Brexit continua entre obstáculos, desta vez com a batata quente a passar das mãos da Câmara dos Lordes para a dos Comuns. Em Portugal esperam-se os dados das exportações e os resultados da Sonaecom.

O grande acontecimento desta semana é o novo encontro da Reserva Federal onde se prevê que os governadores aumentem a taxa de juro novamente, depois da subida em dezembro. Os dados do emprego nos EUA ajudam a que isso aconteça, tal como mostrou o relatório da sexta-feira passada. Na Zona Euro, Draghi continuará com a política expansionista, pelo menos até ao final do ano. O governador do BCE irá falar hoje em Frankfurt.

Como estão as exportações de bens?

Eis que chegam as primeiras estatísticas sobre o comércio internacional de bens de 2017. Os dados referem-se a janeiro e vão ser divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística esta segunda-feira. Este vai ser o primeiro sinal para apurar se as exportadoras já sentem o efeito negativo do petróleo, continuando a degradação do saldo comercial verificada no ano passado. Ou se, por outro lado, a recuperação económica na Zona Euro pode influenciar de forma positiva as exportações portuguesas. Em 2016, as exportações de bens tiveram o pior crescimento (0,9%) desde 2009. As importações subiram mais (1,2%), o que levou a um agravamento do saldo comercial de bens.

Sonaecom presta contas

Esta segunda-feira vão ser apresentados os resultados consolidados de 2016 referentes à atividade da empresa. A Sonaecom é uma sub-holding do grupo Sonae que está mais presente nas áreas de tecnologia, media e telecomunicações. Esta empresa controla a Zopt — entidade partilhada com a empresária angolana Isabel dos Santos — que, por sua vez, tem o controlo da operadora de telecomunicações NOS. No início do mês a NOS divulgou os seus resultados do ano passado, revelando ter tido mais lucros e clientes. São várias as empresas onde esta sub-holding do grupo Sonae tem participações, nomeadamente a Feedzai e a Outsystems.

Brexit pendente novamente no Parlamento

Theresa May está em contrarrelógio para cumprir a sua promessa de acionar o artigo 50 — que permitirá iniciar as negociações relativas à saída do Reino Unido da União Europeia — até ao final de março. Neste momento as dificuldades encontram-se no Parlamento inglês. O draft da lei que autoriza a primeira-ministra britânica a dar o pontapé de partida no processo vai voltar esta segunda-feira à Câmara dos Comuns, a câmara baixa. Os deputados terão de decidir se aceitam ou não as mudanças feitas pela Câmara dos Lordes, a câmara alta para a qual não há eleições, tal como a proteção dos cidadãos europeus a viver no Reino Unido. Tem de existir acordo para que a lei passe em ambas as câmaras.

Draghi fala em Frankfurt

É da cidade que acolhe o Banco Central Europeu que o presidente da instituição vai falar esta segunda-feira. A conferência, em conjunto com a faculdade norte-americana MIT Sloan School of Management, vai debruçar-se sobre a inovação e o empreendedorismo na Zona Euro. Esta quinta-feira, o BCE reuniu para decidir manter inalterada a taxa de juro. Draghi disse não haver motivos para alarme em relação ao travão na compra de dívida portuguesa. Além disso, reafirmou que os estímulos vão continuar até final do ano porque a inflação continuará aquém do objetivo do banco central.

Fed atualiza perspetivas para emprego

O relatório sobre o emprego nos Estados Unidos provou que o mercado de trabalho continua forte. Segundo a Bloomberg, estes dados mostram que o indicador da Reserva Federal sobre a evolução das condições do mercado de trabalho tem ficado aquém do que se tem verificado na realidade. Esta segunda-feira, a Fed vai atualizar o “U.S. labor market conditions index”, revelando se está mais confiante no emprego dos EUA. Este pode ser mais um indicador daquilo que os investidores já esperam na sua maioria: Janet Yellen, a presidente da Fed, vai querer aumentar a taxa de juro nas reuniões que ocorrem esta semana.

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