Inflação acelera para 1,6% com ajuda do ‘fat tax’

  • Marta Santos Silva
  • 10 Março 2017

A inflação continua a aumentar em Portugal, empurrada pelo aumento dos preços das bebidas não alcoólicas e produtos alimentares. Já nos setores do lazer e das comunicações os preços subiram menos.

A inflação aumentou 1,6% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano anterior, uma aceleração mais forte do que a sentida em janeiro, quando o valor se ficou em 1,3%.

O valor, divulgado esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), foi empurrado pela variação mais intensa no setor dos produtos alimentares não transformados e bebidas não alcoólicas, onde o aumento foi de 3,9%, no mês em que entrou em vigor o novo imposto sobre os refrigerantes.

O novo imposto sobre os refrigerantes, que foi alcunhado fat tax, entrou em vigor no dia 1 de fevereiro, sendo cobrado a uma taxa de entre 0,5% e 1,2%. No entanto, só passa a ser exigido que todas as bebidas afetadas por este imposto sejam vendidas com esta taxa a partir de 1 de abril, para haver dois meses em que os comerciantes podem esgotar o stock que já tivessem anteriormente.

O índice de preços ao consumidor, que é o principal indicador para medir a inflação, mede diferenças nos preços para adquirir bens e serviços. Em fevereiro, registou-se um aumento maior do que em janeiro em setores como o alimentício e o dos transportes, mas também houve algumas áreas onde a tendência foi de abrandamento ou mesmo de diminuição. A maior queda de preços foi no setor do vestuário e calçado, onde a variação foi negativa em 1,8%, devido ao pico da época de saldos em fevereiro.

Nos doze meses até fevereiro de 2017, a inflação aumentou em média 0,7%, uma taxa que é igual se não se tiverem em conta os produtos alimentares não transformados e energéticos.

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