Como anda a confiança das empresas alemãs?

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Janeiro 2017

A economia alemã pode vir a enfrentar um ano menos fácil, com as ameaças da presidência de Trump, a saída do Reino Unido da União Europeia e o crescimento dos movimentos populistas.

A confiança dos empresários alemães já teve melhores dias. Contrariamente ao esperado, o Índice de Confiança das Empresas na Alemanha caiu em janeiro, e depois de os analistas da Bloomberg terem antecipado uma nova subida no início do ano, comparando com os valores de dezembro.

O indicador que mede a confiança dos empresários alemães caiu para os 109,8 pontos. Em dezembro, o índice tinha subido para os 111 pontos, face aos 110,4 pontos registados em novembro, e os economistas sondados pela Bloomberg anteciparam uma nova subida na primeira leitura de 2017 para os 111,3 pontos, o que poderia resultar num valor máximo de 2011. Mas não foi assim.

A quebra na confiança das empresas da maior economia da zona euro pode significar que aumentou a incerteza relativa às presidenciais que se aproximam no país, e não só, o que pode castigar a economia alemã, depois de um crescimento em 2016 que foi o mais acelerado nos últimos cinco anos.

A Alemanha pode vir a enfrentar um ano complicado, segundo refere a Bloomberg. A oposição que se tem gerado entre a ainda chanceler Angela Merkel e o fortalecimento do movimento populista, o início das conversações formais para a saída do Reino Unido da União Europeia, e as medidas que Trump vai tomar, estando à frente da maior economia do mundo, podem também pesar na confiança que manifestam os empresários alemães.

“O enfraquecimento na indústria está em destaque e isto tem, provavelmente, algo a ver com os primeiros dias de Donald Trump e os medos dos exportadores alemães”, referiu Andreas Rees, economista do banco Unicredit Bank, em Frankfurt. “Se olharmos para o todo da economia alemã, parece estar saudável”, acrescentou o analista.

Editado por Mónica Silvares (monica.silvares@eco.pt)

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